No próximo mês as aulas escolares já retornam em diversos colégios de Feira de Santana, inclusive da rede municipal que retoma o novo período letivo em 19 de fevereiro. Nesta primeira semana do ano já foi possível perceber o aumento de clientes nas lojas de materiais escolares com a famosa listinha escolar na mão.
Pensando nisso, o Acorda Cidade foi até o comércio da cidade neste sábado (6), para acompanhar as vendas em algumas lojas. O movimento intenso foi registrado.
Os itens mais procurados são lápis de cor, hidrocor, caderno de desenho, bloco de desenho, papel criativo e agendinhas escolares. Jefferson Medeiros, líder de uma loja, comentou sobre o sistema de preços neste ano.
“Os preços estão conforme os produtos e as marcas. A gente investiu bastante em variedade, mas antes mesmo de começar a movimentação a gente já trabalha com tabelas de preço. A gente tenta ter o melhor preço no mercado, a gente faz pesquisas e trabalha bem com variedade, porque aí o cliente consegue achar o mais baratinho até o mais caro que tem a qualidade melhor sem ter muita dor de cabeça”, explicou.
Segundo Jefferson, os importados estão com os preços mais em conta. Com relação ao ano passado, não houve reajustes significativos. Na loja do vendedor, os blocos e papéis criativos estão se destacando.
“Parece que as escolas estão vendo esse lado artístico com outro olhar esse ano. Os blocos de papéis estão se destacando perante as exigências escolares. Quanto mais variedade, mas a gente sente na opção de escolher algum. Se sente atraído em comprar. Por eles verem que tem variedade na loja, eles optam por comprar aqui, por achar que realmente vão encontrar o que eles querem e por ter uma variedade de marca, eles acabam encontrando diversos preços e se adequam ao que for melhor para a realidade deles”, informou.
Ainda segundo o vendedor, no final de dezembro o aumento nas lojas de materiais já era percebido.
“Alguns pais já se anteciparam, justamente para fugir das filas grandes que acabam acontecendo. E se intensificou agora a partir do dia 2. Já começou a movimentação. A gente viu que deu um pulo bem grande do dia 2 para cá e hoje já está tendo o pico da semana. Se não trabalharem dia de sábado, já aproveitam para poder separar o material escolar”, observou.
Em fevereiro o movimento tende a aumentar ainda mais por conta dos pais dos alunos de escola pública que também vão em busca de alguns materiais escolares.
A professora Eidy Caroline, que também é mãe, já comprou o material de seu filho de 7 anos. Ela fez uma avaliação dos preços este ano e deu uma dica super valiosa que é pesquisar sempre.
“Barato não está. A gente percebe que há uma diferença. Pesquisar é sempre importante. Eu fui a três lugares diferentes e percebi uma diferença de preço. Por exemplo, uma folha de papel a escola pede oito. A gente acha uma diferença de 50 centavos na unidade. O que acontece com caderno, lápis. Com o caderno de desenho, por exemplo, eu percebi uma diferença grande. Quando a gente compra mais barato, é muito fininho. A qualidade é ruim. Então, a gente também precisa olhar a qualidade do material em relação ao custo. Porque muitas vezes, o que é mais barato não tem durabilidade também”, indicou.
Além da pesquisa, Caroline indica que os pais avaliem a qualidade do material.
“Não só pesquisar, mas também ver a marca. Porque tem marcas que são baratas. Mas, por exemplo, o hidrocor, lápis de cor eles acabam não durando. Porque ou seca muito rápido, ou a gente vai apontando e vai quebrando. Os valores estão bem elevados. Mas, se a gente pesquisar, ainda consegue achar com preço melhor”, pontuou.
Segundo Caroline, na escolha se seu filho, que fica no centro da cidade, foi oferecida a possibilidade de comprar o material por conta própria ou aderir a uma taxa que custeasse os materiais. Ela considerou mais econômico comprá-los já que a lista também não foi extensa.
Almiro Gomes Júnior estava com os filhos e a lista em mãos à procura dos materiais escolares neste sabadão. Para ele, os preços estão um pouquinho elevados.
“A lista é praticamente do mesmo tamanho do ano passado. A gente está achando estranho só os preços que estão um pouquinho mais elevados, a gente tem sentido essa dificuldade e tem que fazer pesquisa. Se comprar tudo num lugar só, a gente acaba gastando um pouquinho mais. Papel, folha de EVA, caneta, lápis, estojo, o material mais básico, porque eles atuam com livros que vem já da editora”, observou.
Para o pai, essa compra logo no início do ano mexe bastante no orçamento.
“Incomoda bastante o orçamento. Eu estou começando a fazer a compra agora, mas eu estou percebendo que os preços estão diferentes em relação ao ano passado. Tem que pesquisar, porque senão sai caro”, declarou.
Para Robson Brito, gerente de uma empresa especializada em material escolar, o movimento começou no final de novembro. Neste início de janeiro as vendas têm superado todas as expectativas. O estabelecimento já está preparado para não formar filas.
“Em janeiro, realmente, para a primeira semana, está espetacular. Contratamos mais 40 funcionários. As filas acabam não sendo muitas, porque nós temos aqui 25 caixas, então isso faz com que ela seja mais rápida, mas a quantidade de pessoas está bem interessante”, avaliou.
Até o dia 29 de janeiro, Robson espera um grande movimento. Na loja dele, os importados também tiveram queda nos preços.
“O nosso movimento escolar, nosso período escolar vai ser dividido em duas partes. Agora em janeiro o pessoal dá o particular e depois do carnaval uma parte do particular e vem também o público municipal e estadual. O interessante é que os importados nós baixamos os preços, acompanhando o dólar, então tivemos baixa geral. Os nacionais nós mantivemos os preços do ano passado, então está bem convidativo”, explicou.
Outra gerente de loja de materiais escolares, Patrícia Macedo, falou ao Acorda Cidade sobre a movimentação intensa no comércio das voltas às aulas. Para ela, os preços estão bem equilibrados comparados ao ano anterior.
“Estamos bem abastecidos. A gente já vem se preparando para atender bem o nosso público. O que sempre é procurado é mochila, massinha de modelar, estojo, uma variedade. A gente tem mochila bem em conta em relação ao ano passado e também tem de valores agregados, vai ficar de acordo com cada cliente. Aos poucos já está aquecendo”, disse.
Na loja em que Patrícia trabalha, novos funcionários também foram contratados e ainda resta mais uma parte para dar suporte à equipe na próxima semana.
A Feirinha do Livro Usado, localizada no estacionamento da prefeitura, também já está bem movimentada com a abertura desde quarta-feira (3). Ela deve seguir até o início de março.
Além dos materiais escolares, calçados e peças de roupas, como calças também são procurados neste período. Segundo a vendedora Letícia Camile, nesta área o movimento ainda está fraco, mas na próxima semana deve melhorar.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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