Feira de Santana

Velório de idoso de 83 anos que foi agredido no bairro Capuchinhos é marcado por comoção e tristeza

Familiares e amigos compareceram a cerimônia de despedida do idoso.

Rachel Pinto

O clima de comoção e muita tristeza marcou o velório de Jaime da Rocha Silva, o idoso que foi agredido por um homem no dia 12 de agosto no bairro Capuchinhos em Feira de Santana. O idoso estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular da cidade e teve a morte cerebral confirmada na terça-feira (27). O velório aconteceu nesta quarta-feira (28) no cemitério Jardim Celestial, onde também será realizado o sepultamento às 16h30.

Familiares e amigos compareceram a cerimônia de despedida do idoso e a filha dele, a enfermeira Mônica Domingues Rocha, que estava muito abalada com a situação, falou sobre os últimos momentos que viveu ao lado do pai.

Ela relembrou que o pai foi agredido por Tarcízio Oliveira Batista, de 32 anos de forma violenta e gratuita. A agressão ocorreu no dia do aniversário de Jaime, quando ele saiu para comprar um ingrediente que estava faltando para que a filha preparasse um bolo. Mônica relatou ao Acorda Cidade que durante os dias de internamento na UTI o pai resistiu o máximo que pôde a todas as lesões ocasionadas pela violência.

“Ele teve uma parada cardíaca na madrugada de sexta para sábado que durou cerca de vinte minutos e o médico suspeitou que ele poderia ter tido uma lesão maior e mais comprometedora. Daí, com a suspeita disso iniciou-se o protocolo para confirmar a morte encefálica. Como tem um período todo para cumprir esse protocolo, foi fechado esse quadro ontem e todos deram positivo para a morte encefálica. Fiquei com ele durante o tempo de estadia da UTI e permitiram o livre acesso. Acompanhei quando desligaram os aparelhos. Até a última batida do coração, eu estava com a cabeça no peito dele”, disse.

Mônica acrescentou também que o pai teve a morte encefálica no dia do seu aniversário. Ela declarou que no momento não tem condições de expressar o que está sentindo.

Sobre a prisão preventiva de Tarcízio, homem que agrediu seu pai, a enfermeira declarou que não quer falar sobre o assunto, mas espera que no mínimo a justiça seja feita e que os órgãos ajam com seriedade em relação ao caso.

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