Combate a Dengue

Vacinação contra dengue começa em Feira de Santana; menina de 11 anos é a primeira a ser vacinada

Segundo o prefeito, 17.688 doses que chegaram neste primeiro lote foram destinadas à Feira de Santana e cidades circunvizinhas.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

As primeiras doses da vacina contra a dengue chegaram a Feira de Santana na tarde de quarta-feira (14) e nesta manhã de quinta-feira (15) a imunização já começou a acontecer entre crianças de 10 a 14 anos na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e no Centro de Saúde Especializado Dr. Leone Coelho (CSE).

Com níveis alarmantes do número de casos de dengue, todo o país está em alerta para combater o mosquito Aedes aegypti e para evitar a contaminação com a doença. São mais de 512.353 casos prováveis da dengue este ano, com 75 óbitos. 

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Para combater a dengue, o Sistema Único de Saúde (SUS) está disponibilizando gratuitamente aos municípios a vacina Qdenga do laboratório japonês Takeda Pharma.  A imunização das crianças segue a orientação do Ministério da Saúde.

Em Feira, o prefeito Colbert Martins esteve presente nesta manhã na SMS para acompanhar as primeiras crianças vacinadas. Ao Acorda Cidade, ele falou sobre o internamento de duas pessoas por conta da doença no município. Um adolescente de 15 anos e um adulto de 29 anos, este portador de anemia falciforme. 

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Segundo o prefeito, as 17.688 doses que chegaram neste primeiro lote foram destinadas à Feira de Santana e cidades circunvizinhas. Portanto, além da população feirense, pessoas da região dentro dos critérios de idade que comparecerem às unidades serão vacinadas.

Ele também esclareceu a necessidade de vacinar prioritariamente as crianças de 10 a 11 anos.

“O Ministério da Saúde ouviu vários segmentos e um deles afirma que as crianças mais suscetíveis são aquelas que nunca tiveram dengue. Mais ou menos 40%, 50% da população do Brasil já teve dengue, portanto, já tem algum nível de resposta e algum nível de defesa. Essa é uma decisão do governo federal, começar com 10 a 14 anos e, entre esses, os principais, de 10 a 11 anos”, explicou. 

Além disso, crianças com comorbidades terão prioridade no atendimento, basta comprovar a condição no momento da aplicação. Como toda vacinação, é importante se atentar aos efeitos colaterais e às contraindicações. 

“Existem limitações, alguns tipos de reações que precisam ser identificadas. A família pode identificar se existe algum tipo de reação alérgica ou outras quaisquer que a gente precise saber. E se a pessoa tem algum tipo de doença coexistente, uma comorbidade, a gente tem que saber qual é para poder, se tiver dúvida, a gente vai fazer uma consulta clínica para verificar a possibilidade de fazer a vacina de qualquer maneira, com responsabilidade e com segurança”, informou Colbert. 

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A vacina contra a dengue existe na rede privada há mais de um ano. Mas, foi apenas com a epidemia de dengue que o país vem enfrentando que o SUS está colocando parcialmente à disposição da população o imunizante japonês. 

A próxima remessa das vacinas ainda não tem previsão de chegada à Feira de Santana. Nesta primeira etapa, serão vacinadas apenas com a primeira dose, até mais orientações do Ministério da Saúde. 

Ainda segundo o prefeito, no CSE, duas crianças foram vacinadas nesta manhã. Já na secretaria, Açucena Nogueira São Paulo, de 11 anos, foi a primeira contemplada com a imunização. Ela falou ao Acorda Cidade, sobre a importância da imunização.

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Açucena Nogueira | Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A vacina foi para me prevenir, para eu não acabar pegando a dengue, não ficar internada no hospital. Então, eu prefiro prevenir. Não doeu, não senti nada, me sinto ótima sendo a primeira. É bom que eu não vou ter nada”, declarou. 

O pai de Açucena, Arlindo de São Paulo, também falou sobre a responsabilidade que os pais devem ter com a saúde dos filhos e reforçou a importância de falar sobre a vacinação com os pequenos. 

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Dever cumprido. Acho que a maior obrigação de um pai é, primeiramente, vacinar o filho, não dar ouvidos à ‘lorota’ que se conta hoje em dia. Trazer porque a ciência fala mais alto. Fico triste por ser o primeiro. Cheguei aqui já mais de 9h, pensei que iria pegar uma fila grande. Mas, acredito que as pessoas também vão vir com o passar do tempo. É uma cultura familiar. Em casa, nós conversamos sobre vacinação, a importância. Então, a minha família tem isso como lema”, explicou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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