Feira de Santana

UPA estadual de Feira de Santana promove ação de combate ao abuso infantil no maio laranja

Além de palestras, a ação na UPA incluiu a distribuição de folders e a orientação de pais e responsáveis sobre como agir em casos suspeitos.

UPA  Promove Ação de Combate ao Abuso Infantil no Maio Laranja
Foto: Ascom \ Feira de Santana

No mês de maio, conhecido como “Maio Laranja”, uma campanha nacional de conscientização é realizada para prevenir o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Na manhã desta segunda-feira (20), o Serviço Social e o Núcleo de Educação Permanente (NEP) da UPA Estadual, que é administrada pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Ciência (INTS), se uniram para promover ações com o objetivo de alertar a população sobre a importância de proteger os direitos das crianças e adolescentes. A atividade contou com o apoio do Conselho Tutelar.

Durante a campanha, profissionais da UPA, como a assistente social Isabel Rocha, realizam palestras e distribuem materiais educativos. “Não existe somente o abuso sexual, a violência fisica e psicologica está cada vez mais frequente nas casas. A criança que é gritada, empurrada, agredida, tem a probabilidade de ser um adulto com sérios problemas”, alertou Isabel.

Geovanne Ribeiro de Almeida, Conselheiro Tutelar, participou das ações e destacou a importância de campanhas como o Maio Laranja para aumentar a conscientização e, consequentemente, o número de denúncias. “Em Feira de Santana, por ser o maior entroncamento do norte e nordeste, recebemos muitas crianças e adolescentes de cidades vizinhas. Durante o mês de maio, notamos um aumento significativo no número de denúncias de abusos, pois as pessoas se sentem mais informadas e encorajadas a relatar violações”, afirmou Geovanne.

UPA Promove Ação de Combate ao Abuso Infantil no Maio Laranja
Foto: Ascom \ Feira de Santana

A estatística é alarmante. Segundo Geovanne, no último ano, foram registrados cerca de 100 casos de abuso sexual em Feira de Santana, com a maioria dos abusadores sendo familiares próximos, como pais ou padrastos. “A faixa etária mais vulnerável é entre 4 e 8 anos, pois essas crianças ainda estão na fase de se conhecer e são mais propensas a guardar segredos que os abusadores pedem para manter”, explicou.
Isabel Rocha também destacou a necessidade de vigilância e orientação constante. “Caso haja qualquer suspeita de abuso, é fundamental que a denúncia seja feita. Qualquer pessoa pode denunciar, seja pelo Disque 100 ou diretamente ao Conselho Tutelar. A omissão, especialmente por parte dos responsáveis, pode agravar ainda mais a situação da criança.”

Além das palestras, a ação na UPA incluiu a distribuição de folders e a orientação de pais e responsáveis sobre como agir em casos suspeitos. A assistente social enfatizou a importância de um acompanhamento constante e de uma comunicação aberta entre pais e filhos. “Ensinar as crianças a identificar e denunciar abusos é um passo importante para a sua proteção e bem-estar”.

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