Feira de Santana

Movimentos sociais iniciam projeto para fortalecimento da agricultura familiar em Feira de Santana e Região

Um trator também foi cedido para atender às associações de agricultores do município. Inicialmente, mais de 1000 famílias serão beneficiadas

Foto: Divulgação
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Neste domingo (12), o Movimento de Resistência Camponesa (MRC) e a União das Associações da Bahia, organização social sem fins lucrativos que atua na defesa de direitos coletivos dos povos tradicionais do Estado da Bahia, realizaram uma plenária no Centro Social Urbano (CSU), na Cidade Nova, para dar início a um projeto de fortalecimento da agricultura familiar em Feira de Santana e região.

O encontro foi realizado com a finalidade de tratar, principalmente, sobre projetos de mecanização no campo e recrutar as associações rurais do município para regularizarem sua situação jurídica. Segundo Jockson Gomes, coordenador nacional do MRC e presidente da União das Associações, existem diversas entidades em situação irregular, faltando ata de constituição, sem qualquer assistência jurídica e contábil que são verdadeiros obstáculos para que estas associações sejam beneficiadas em projetos lançados pelo governo.

“Foi um chamamento para as associações se unirem, para que possamos fazer assessoria e se preparar para buscar projetos do governo estadual e federal, com foco principal no combate à fome e à miséria”, diz o presidente, que ressalta que, além da sede já existente em Salvador, a União também fundará um novo núcleo em Feira de Santana, beneficiando ainda mais entidades rurais, oferecendo serviços de assessoria técnica e jurídica. Ainda na manhã de hoje, durante a plenária, um trator do governo do estado, cedido à União das Associações e ao MRC, foi destinado para atender cerca de 1000 famílias de Feira de Santana no projeto de mecanização agrícola.

De acordo com a procuradora da União das Associações da Bahia, Betina Vidal, aproximadamente 400 pessoas compareceram ao evento deste domingo (12), que também contou com o apoio do vereador feirense, Professor Ivamberg. Para Vidal, “eventos como o de hoje são cada vez mais necessários, principalmente porque a agricultura familiar sustenta uma série de políticas de combate à fome e contribui para o crescimento econômico do país, com a geração de trabalho no campo”. “Feira precisa disso”, finaliza.

O Movimento de Resistência Camponesa, sob coordenação estadual de Ana Rita Gomes, tem atuação em toda a Bahia há 25 anos, e existem 18 mil famílias assentadas. Só em Feira de Santana são mais de 5 mil famílias acampadas ao longo de 7 assentamentos organizados em locais como as Fazendas Coqueiro, Venda Nova, Terra Nova, Campelo e Projeto Canaã.

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