Feira de Santana

Um ano após incêndio no residencial Iguatemi, moradores ainda aguardam retorno pra casa

O período em que o prédio estava inabitado, algumas pessoas entraram e saquearam portas e janelas, deteriorando um pouco mais a estrutura.

Acorda Cidade

Um ano após um incêndio que deixou quatro pessoas mortas e várias feridas no residencial Iguatemi I, no bairro Mangabeira, em Feira de Santana, algumas famílias ainda passam por dificuldades.

Moradores reclamam que ainda não retornaram para o residencial. O chefe de gabinete da secretaria de Desenvolvimento Social, Pedro Américo, informou que foi colocada a disposição das famílias o Cras, o Creas e o setor de benefícios eventuais, mas alguns problemas ainda impede que os moradores retornem.

“Acompanhamos as famílias durante esse período com objetivo de garantir através do aluguel social a moradia enquanto o seguro, que é através da Caixa Econômica, pudesse de fato fazer as intervenções necessárias. Na época eu também estava como coordenador de Defesa Civil, nós acompanhamos todo esse processo, inclusive, ajudamos os moradores a elaborar o pedido do seguro, que é uma questão pessoal, mas a gente entendeu a urgência e elaborou toda a documentação junto a Caixa Econômica para que o seguro pudesse sair o mais rápido possível. Feito isso, tivemos há 30 dias, um comunicado da Caixa com a autorização para o seguro. A Caixa sinalizou que o resultado da perícia da Polícia Civil diz quais foram os danos causados no imóvel e não havia nenhum risco estrutural no prédio, e então caberia ao seguro recompor as condições de moradia, que seria a questão da rede elétrica e de água, que é através de bomba, além de uma parte da pintura”, informou em entrevista ao Acorda Cidade.

Segundo Pedro Américo, foi autorizada pelo seguro a reparação de danos provocados pelo incêndio, porém, o período em que o prédio estava inabitado, algumas pessoas entraram e saquearam portas e janelas, deteriorando um pouco mais a estrutura que já estava fragilizada. Conforme ele explicou, essa retirada de portas e janelas, o seguro não tem como cobrir.

“Então foi feito um documento pela Caixa, os moradores foram convocados já no começo do mês de dezembro do ano passado para que pudessem assinar o documento do seguro mostrando o que eles vão fazer, quais intervenções. Porém temos dois problemas: alguns moradores se recusaram a assinar, pois disseram que queriam tudo pronto, incluindo portas e janelas, e outros não foram identificados, já que existiam pessoas que habitavam no local e não eram proprietárias do imóvel. Estamos nesse impasse há mais ou menos 40 dias, buscando essa solução”, disse.

Aluguel social

Sobre o aluguel social, o chefe de gabinete Pedro Américo explicou que algumas famílias foram beneficiadas, inclusive com o aumento do tempo de permanência, mas que outras tiveram dificuldades de encontrar um imóvel que se encaixe no perfil determinado pela prefeitura.

“A prefeitura colocou a disposição a questão do aluguel social e outros benéficos eventuais que o Cras pode auxiliar e a gente entende que a solução dessa situação só se dará de fato quando os moradores e proprietários dos imóveis comparecerem ao Cras, assinarem a documentação. No primeiro momento quatro famílias apresentaram documentação. Temos hoje o aluguel social para esse tipo de situação, ele exige um imóvel com o valor de 350 reais, mas a casa tem que ter documentação em dias. Algumas famílias tiveram dificuldades de achar esse imóvel, quatro encontraram. Conversamos para a extensão desse prazo e foi dado essa autorização, tendo em vista a demora que houve no processo de reforma. O que a gente não faz é sair procurando a casa para o morador”, afirmou.

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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade 

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