Trabalhos de análise técnica indicam diminuição do risco de desabamento do edifício Sarkis

^{Ney Silva e Rachel Pinto}

Os riscos de haver um desabamento no edifício Sarkis, isolado pela Defesa Civil em Feira de Santana, desde a manhã do último domingo (11), devido a um afundamento em sua estrutura lateral e rachaduras nas paredes internas, estão diminuindo.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O coordenador de Defesa Civil, Pedro Américo Lopes, informou que a estrutura do prédio, ao que tudo indica, parou de se movimentar e está mais firme.

De acordo com Pedro Américo, após o resultado da sondagem feita no solo, a Defesa Civil terá os dados de qual o tipo de escoramento que será necessário. Além disso, será feita a inspeção da fundação do prédio.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Essa inspeção consta da gente fazer uma escavação lateral. Essa escavação lateral vai indicar qual é o tamanho da estrutura da fundação e também nós estamos fazendo o monitoramento topográfico dos pontos que mostram movimentação ou não do imóvel. Não havendo movimentação, vamos liberar mais uma via. Isso que está sendo discutido entre os engenheiros e também a liberação do funcionamento da galeria e das lojas laterais. Nós vamos então recuar o isolamento, concentrar o trabalho na base do prédio, que terá que ser feito um reforço estrutural inicialmente um escoramento”, frisou.

Pedro Américo informou que a questão do reforço deverá ser providenciada pela família dos proprietários do prédio. Eles farão a avaliação do custo-benefício desse reforço ou outras alternativas possíveis para o imóvel.

“O risco de desabamento ainda continua. Entretanto esse risco hoje é um risco muito menor do que o que a gente identificou nos primeiros dias. Nos primeiros dias houve um deslocamento muito grande, já nos últimos dois dias ele não se movimentou mais. Então mostra que houve uma acomodação. Entretanto a causa dessa movimentação ainda não foi determinada e então em uma causa indeterminada não garante, não existe garantias de que esse prédio não voltará a se movimentar em um médio prazo. Todas as averiguações de solo, da inspeção da fundação, servirão para definir a origem do problema e também fazer com que a gente possa fazer o escoramento”, frisou.

O coordenador da Defesa Civil relatou que o escoramento garantirá estabilidade do prédio por um longo período.

“Esse escoramento servirá para tomada de decisão de qual tipo de ação será feita do ponto de vista prático para manter o prédio funcionando. A família avaliará o custo de fazer o cálculos estruturais que demonstrem a estabilidade final do prédio ou fazer a partir do custo-benefício a avaliação da demolição do mesmo. Essa avaliação final será de fato da família. Obviamente que respeitadas todas as normas das secretarias do município e as normas de engenharia”, concluiu.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade