Feira de Santana

Trabalhadores reclamam de desorganização e prejuízos no Centro de Abastecimento

Segundo os trabalhadores, é necessária uma maior organização por parte da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT).

Centro de Abastecimento
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A situação no Centro de Abastecimento de Feira de Santana, especialmente no entorno da Ceasa e da Avenida de Canal, tem sido motivo de preocupação para motoristas, taxistas e trabalhadores do local.

O fluxo intenso de veículos e a falta de organização no trânsito são frequentes, gerando caos e dificultando o acesso, sobretudo em dias de grande movimento, como segundas, quartas e sextas-feiras, quando o descarregamento de mercadorias é maior.

Centro de Abastecimento
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Segundo os trabalhadores, é necessária uma maior organização por parte da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) para resolver a desordem no entreposto comercial, especialmente nos horários de maior fluxo. Sem essa intervenção, a situação no local continua sendo um desafio diário para quem trabalha e precisa acessar a região.

Ao Acorda Cidade, o taxista Jorge Machado, que atua na região há muitos anos, reclamou da desorganização. “Os particulares vêm de fora, atravessam os carros, estacionam em ângulo, e nós, taxistas, chegamos e não encontramos onde parar”, declarou.

Centro de Abastecimento
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Centro de Abastecimento
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Segundo o taxista, ele e os demais colegas estão sofrendo prejuízo com a aplicação de multas, pois não há sinalização adequada ou faixas que orientem os motoristas, o que piora a situação. “Tem gente que tem quatro multas. Não tem faixa aqui no lugar, não pintaram, não tem faixa contínua, ninguém sabe como é, e quem está sofrendo somos nós. O que ganhamos não está nem para pagar as multas”.

Centro de Abastecimento
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Geraldino, que também é taxista, reforça as dificuldades para acessar a Ceasa, principalmente nas manhãs de quarta-feira.

“É muito difícil para entrar. A gente espera do lado de fora para tentar carregar, mas a situação é complicada. As multas aqui estão sendo uma atrás da outra. Às vezes, o passageiro não tem como entrar com o carro. Precisamos de um agente para organizar o trânsito, principalmente nas madrugadas, quando a confusão é ainda maior”, declarou.

Centro de Abastecimento
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A desordem afeta não só motoristas, mas também os comerciantes. Miguel Afonso da Paixão, dono de um mercadinho, afirma que o atacado não comporta mais o fluxo de veículos na área.

Centro de Abastecimento
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“O atacado não cabe mais aqui, tem que ser só varejo. Hoje mesmo está um inferno. Não tem lugar para estacionar e aí vira essa bagunça. Até caminhões de fora estão estacionando em pontos de ônibus porque não encontram vagas lá dentro”.

Centro de Abastecimento
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Quem vai fazer compras também enfrenta os transtornos, como Conceição Santos, que estava comprando para revender. Ela é feirante há mais de 30 anos.

“Eu trabalho na feirinha e venho aqui toda quarta-feira, às vezes segunda. Eu compro para trabalhar, eu trabalho na feirinha também. O carro para praticamente no meio da rua. A gente precisa da ajuda dos carregadores para botar a mercadoria no ônibus, porque é difícil. Dá para ganhar o pão e pagar as contas”.

Centro de Abastecimento
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Carregadores, como Júnior, que trabalha no local há mais de 40 anos, também sofrem com a desorganização.

“Toda quarta, sexta e segunda é essa loucura. O trânsito é caótico e a gente tem que dar um jeito de trabalhar no meio dos carros, com risco de se machucar. Na quarta, o movimento é maior porque tem que abastecer os hospitais, tem que levar verduras com força. Temos que procurar ir pelos cantinhos, procurar ajeitar, dar uma seta com a mão. Tem que sair pelas beiradas e ir trabalhando”, explicou o carregador.

Centro de Abastecimento
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Centro de Abastecimento
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O Acorda Cidade irá solicitar um retorno da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT).

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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