A situação no Centro de Abastecimento de Feira de Santana, especialmente no entorno da Ceasa e da Avenida de Canal, tem sido motivo de preocupação para motoristas, taxistas e trabalhadores do local.
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O fluxo intenso de veículos e a falta de organização no trânsito são frequentes, gerando caos e dificultando o acesso, sobretudo em dias de grande movimento, como segundas, quartas e sextas-feiras, quando o descarregamento de mercadorias é maior.
Segundo os trabalhadores, é necessária uma maior organização por parte da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) para resolver a desordem no entreposto comercial, especialmente nos horários de maior fluxo. Sem essa intervenção, a situação no local continua sendo um desafio diário para quem trabalha e precisa acessar a região.
Ao Acorda Cidade, o taxista Jorge Machado, que atua na região há muitos anos, reclamou da desorganização. “Os particulares vêm de fora, atravessam os carros, estacionam em ângulo, e nós, taxistas, chegamos e não encontramos onde parar”, declarou.
Segundo o taxista, ele e os demais colegas estão sofrendo prejuízo com a aplicação de multas, pois não há sinalização adequada ou faixas que orientem os motoristas, o que piora a situação. “Tem gente que tem quatro multas. Não tem faixa aqui no lugar, não pintaram, não tem faixa contínua, ninguém sabe como é, e quem está sofrendo somos nós. O que ganhamos não está nem para pagar as multas”.
Geraldino, que também é taxista, reforça as dificuldades para acessar a Ceasa, principalmente nas manhãs de quarta-feira.
“É muito difícil para entrar. A gente espera do lado de fora para tentar carregar, mas a situação é complicada. As multas aqui estão sendo uma atrás da outra. Às vezes, o passageiro não tem como entrar com o carro. Precisamos de um agente para organizar o trânsito, principalmente nas madrugadas, quando a confusão é ainda maior”, declarou.
A desordem afeta não só motoristas, mas também os comerciantes. Miguel Afonso da Paixão, dono de um mercadinho, afirma que o atacado não comporta mais o fluxo de veículos na área.
“O atacado não cabe mais aqui, tem que ser só varejo. Hoje mesmo está um inferno. Não tem lugar para estacionar e aí vira essa bagunça. Até caminhões de fora estão estacionando em pontos de ônibus porque não encontram vagas lá dentro”.
Quem vai fazer compras também enfrenta os transtornos, como Conceição Santos, que estava comprando para revender. Ela é feirante há mais de 30 anos.
“Eu trabalho na feirinha e venho aqui toda quarta-feira, às vezes segunda. Eu compro para trabalhar, eu trabalho na feirinha também. O carro para praticamente no meio da rua. A gente precisa da ajuda dos carregadores para botar a mercadoria no ônibus, porque é difícil. Dá para ganhar o pão e pagar as contas”.
Carregadores, como Júnior, que trabalha no local há mais de 40 anos, também sofrem com a desorganização.
“Toda quarta, sexta e segunda é essa loucura. O trânsito é caótico e a gente tem que dar um jeito de trabalhar no meio dos carros, com risco de se machucar. Na quarta, o movimento é maior porque tem que abastecer os hospitais, tem que levar verduras com força. Temos que procurar ir pelos cantinhos, procurar ajeitar, dar uma seta com a mão. Tem que sair pelas beiradas e ir trabalhando”, explicou o carregador.
O Acorda Cidade irá solicitar um retorno da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT).
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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