Trabalhadores do setor de limpeza da Uefs paralisam atividades e fazem manifestação para cobrar salários atrasados

Cerca de 145 trabalhadores do setor de limpeza que prestam serviço para a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira (18) para reivindicar o pagamento de salários, além de outros direitos trabalhistas. Eles prestam serviço através da empresa Prime e estão com as atividades paralisadas desde o último dia 11.

Rossalvo Pereira, presidente do sindicato da limpeza pública, informou ao Acorda Cidade que até o ano de 2021 a empresa vinha pagamento certo, mas de lá para cá, começaram a ocorrer atrasos. Além da falta de pagamento do salário do mês de janeiro, os trabalhadores também afirmam que estão sem vale-transporte, sem auxílio-alimentação e dizem que a empresa não fez o depósito do FGTS.

“Já temos mais de 2 anos brigando e ela não respeita e não paga em dia. Agora o contrato vai vencer e entrou um dinheiro na conta da empresa, mas parece que ela devia ao banco que pegou o dinheiro e até agora não pagou ao povo. Hoje já é 18, não tem salário, não tem alimentação, transporte e o plano de saúde está suspenso. Estamos há 11 dias de greve tentando buscar soluções, já fomos para a justiça e até agora estamos aguardando. Os trabalhadores estão passando fome, sem FGTS e como é que a universidade repassa esse dinheiro para a empresa? quem sofre somos nós”, afirmou.

Segundo ele, a Uefs rescindiu o contrato com a empresa e a partir da próxima segunda, uma outra empresa deve assumir. Agora os trabalhadores também estão aguardando para receber as rescisões.

A funcionária Girlene de Oliveira Silva Santos, tem um ano trabalhando para a empresa Prime. Ela afirma que com o atraso no salário, está devendo contas de casa, como energia, e ainda necessitando de dinheiro para comprar alimentos.

“Estou precisando comprar comida e não recebi nem salário e nem vale-alimentação. Recebemos a informação que o salário do mês de janeiro será pago junto com a rescisão, mas não sabemos quando que realmente vai sair. A gente fica desesperado, porque temos contas a pagar e não sabemos o que fazer”, relatou.