Williany Brito
Após a demissão de 68 funcionários da indústria Química Geral do Nordeste (QBN), neste mês, os ex-trabalhadores passam por dificuldades financeiras. Haviam pessoas que há anos trabalhavam na empresa, e dependiam dessa renda para sustentar a família.
Para Aloísio Sousa, que há 25 anos trabalhava na QGN, a notícia não veio como surpresa, mas afirma que não estava preparado para ficar desempregado. “A empresa já apresentava dificuldades. A gente já ficou no alerta. Mas para várias pessoas foi surpresa. Eu tinha, praticamente, dez funções”, conta o ex-funcionário, que vai esperar até janeiro para iniciar a busca por um novo emprego. Com uma esposa e dois filhos, Aloísio sustentava a família com o salário que recebia da indústria.
Com 20 anos de trabalho na QGN, Edvaldo Cerqueira, também, esperava por algumas demissões, mas não “em massa”. “Do jeito que a empresa vinha sendo conduzida, a gente já suspeitava das demissões, mas não esperávamos que seria em massa. A gente sofreu humilhação e falta de respeito. Inclusive, os nossos colegas, que tinham cargos de confiança, foram jogado, também, no pacote. Não foi chamado, em particular, e dizer assim: ‘você está sendo demitido por essa causa… a empresa está fechando’. Mas não, tratou todo mundo por igual. Deveriam ter pensado um pouco nas pessoas antes de tomar qualquer decisão”, diz Edvaldo, aborrecido.
A Química Geral do Nordeste, localizada no Centro Industrial do Subaé (CIS), fabrica carbonato de bário (matéria prima utilizada para fabricação de tubo de imagens para aparelhos de televisão). A indústria ficou com dificuldades em manter sua produção em virtude do crescimento das novas tecnologias, que estão sendo utilizadas nas indústrias de TVs de plasma e LCD (liquid crystal display). Além dos trabalhadores que já foram demitidos, outros receberam férias coletivas e, ao retornarem, tiveram licença remunerada. (As informações são do repórter Ed Santos, do programa Acorda Cidade)