Feira de Santana

Trabalhadores de empresas de ônibus relatam que estão disputando espaço com transporte clandestino de passageiros

Eles temem que aconteça com o sistema atual de transporte, o que aconteceu em 2015, quando as empresas que operavam o serviço de transporte público à época, encerraram as atividades sem pagar aos funcionários os direitos trabalhistas.

Rachel Pinto

A nova paralisação dos rodoviários nesta terça-feira (26), em Feira de Santana, voltou a chamar a atenção sobre o avanço do transporte clandestino de passageiros na cidade a crise enfrentada pelo transporte público.

Os trabalhadores estão sem receber a parcela referente a quinzena de seus salários desde o dia (20), e temem que aconteça com o sistema atual de transporte, o que aconteceu no ano de 2015, quando as empresas 18 de Setembro e Princesinha, que operavam o serviço de transporte público na cidade, encerraram as atividades sem pagar aos funcionários os direitos trabalhistas.

Além da crítica sobre o atraso dos salários, o parcelamento do ticket alimentação em três vezes, os rodoviários comentam também sobre as dificuldades em trabalhar, junto ao avanço do transporte clandestino de passageiros, os chamados “ligeirinhos”.

De acordo com o motorista Josué dos Santos, da empresa São João, até para parar nos pontos de ônibus está difícil.

O espaço é disputado com os motoristas de “ligeirinho”. Eles fazem grande movimentação para lotar os veículos e alguns até trafegam em alta velocidade.

“Para parar ali no ponto da Receita Federal, por exemplo, é uma dificuldade. Os ligeirinhos saem socados de gente”, frisou.

Sueli Lima que atua há 26 anos como cobradora de ônibus, disse ao Acorda Cidade que está preocupada com a situação que vive a categoria e também a população de Feira de Santana. Na opinião dela, as empresas antes de se instalarem na cidade, deveriam analisar a questão do transporte clandestino, bem como fazer um levantamento dos lucros.

“Eu estou fazendo essa observação porque eu já estou cansada. Tenho 26 anos nessa função e a gente já tomou uma ‘tacada’ há cinco anos atrás. Dizem que o raio não cai no mesmo lugar por duas vezes, mas pelo que eu estou vendo parece que vai cair. Mas, está repreendido em nome do Senhor Jesus. Como é que uma empresa vem para Feira de Santana e não faz um levantamento? A conta não bate realmente e qualquer leigo pode ver isso. A cidade está abandonada. Os rodoviários de Feira de Santana nunca tiveram valor para nenhum prefeito. Eu nunca vi prefeito ajudar rodoviário em nada.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
 

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