Feira de Santana

Supervisor explica como funciona o processo de captação e tratamento da água distribuída pela Embasa

Ele explica que a água captada em Conceição da Feira serve não somente à cidade de Feira de Santana, mas também aos quatro municípios da região que são atendidos pelos Sistema Integrado de Abastecimento.

Laiane Cruz

O Supervisor de Distribuição de Água da Embasa, Nivaldo Pedreira, esclareceu em entrevista ao Acorda Cidade, algumas dúvidas sobre como é feito todo o processo de captação e tratamento da água que chega às nossas torneiras.

De acordo com Nivaldo Pedreira, a água que é captada para Feira de Santana vem da barragem de Pedra do Cavalo, em Conceição da Feira. Ela passa por uma estação de tratamento, após isso é bombeada e chega às adutoras do município.

Foto: Divulgação

Ele explica que a água captada em Conceição da Feira serve não somente à cidade de Feira de Santana, mas também aos quatro municípios da região que são atendidos pelo Sistema Integrado de Abastecimento da Embasa, os quais são Conceição da Feira, Santa Bárbara, Tanquinho e Santanópolis.

“Após a chegada da água em Feira de Santana, ela é armazenada em reservatórios, um está localizado no bairro Campo Limpo, responsável pelo abastecimento de toda a região norte da cidade, como Pampalona, Campo Limpo, Papagaio, Cidade Nova, Mangabeira, Conceição, como também temos o Centro de Reservação Leste, localizado no bairro Santa Mônica II, construído para atender toda aquela região onde atualmente estamos tendo um maior vetor de crescimento, que é aquela região do SIM, Santo Antônio dos Prazeres, o CIS da BR-324, Santa Mônica II, Lagoa Salgada. E atualmente o Governo do Estado, juntamente com a Embasa, está construindo o Centro de Reservação do Tomba, que vai ser responsável pelo abastecimento de toda a parte central da cidade, como a Serraria Brasil, Brasília, Kalilândia, Centro, Jardim Cruzeiro, toda essa região que será beneficiada com a melhoria do abastecimento após a entrega das obras”, informou.

Foto: Divulgação

Tratamento

Segundo o supervisor de distribuição de água da Embasa, após ser captada, a água passa por todo um processo de tratamento, para retirada de todas as impurezas, e torná-la própria para o consumo humano.

“É um processo físico-químico capaz de retirar micróbios, bactérias, vírus, todas as impurezas existentes na água. Na primeira fase do tratamento é feita a coagulação, floculação, decantação, filtração e depois disso ela passa pela adição de cloro, que é responsável por eliminar bactérias, adição de flúor para proteger a dentição das crianças e por fim, a correção do PH. Todo o processo é monitorado dia e noite, através de um rigoroso controle de qualidade, que acontece desde o manancial até a chegada ao hidrômetro do cliente. Além disso, nos laboratórios são analisados parâmetros de cor, PH, turbidez, coliformes, e também é medida a proporção de flúor e cloro. Após tratada, a água é enviada aos reservatórios e distribuída aos municípios atendidos.”

Cada cidade possui sua rede de distribuição já dimensionada para garantir o fornecimento da água, com a quantidade e qualidade devida. Ao distribuir a água, a empresa calcula o volume necessário para garantir o abastecimento da população. Atualmente são tratados cerca de 1.600 litros de água para os municípios, atendendo cerca de 800 mil pessoas.

Para Nivaldo Pedreira, a água fornecida pela Embasa é ideal para o consumo humano e tem um papel fundamental para a saúde da população.

“Cada real investido em saneamento, o retorno para a saúde pública é grande. Passa por procedimentos de controle e vigilância, padrões de potabilidade que são exigidos pelo Ministério da Saúde, com todos os parâmetros físico-químicos estabelecidos pela portaria. São 90 parâmetros que são requisitados hoje pela portaria e todo esse processo é monitorado para que possamos garantir a potabilidade dessa água e a saúde da população. O que nós chamamos de água potável é aquela que pode ser consumida pelos seres humanos, não deve ter nem cheiro, nem sabor, nenhum tipo de microrganismo presente e deve também estar dentro dos padrões. A utilização de uma água potável vai garantir a saúde da população e vai impactar bem menos no nosso sistema de saúde. A população tem procurado bem menos o sistema de saúde causado pelo sistema de água não potável”, salientou.

Água mineral X água da torneira

Nivaldo Pedreira ressaltou ainda que a ideia de que a água mineral seria ‘melhor’ que a água proveniente da Embasa é um mito. De acordo com ele, as pessoas que costumam consumir a água mineral não têm a segurança de onde o produto foi extraído ou se está dentro dos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde.

“A grande diferença entre a água mineral e água potável é que a mineral é extraída de fontes, geralmente profundas, e a potável é toda aquela água que pode ser consumida por pessoas ou animais sem que tenham nenhum risco de contrair doenças ou algum tipo de contaminação. Existe aquele mito de que a água mineral é melhor que a da torneira, mas eu garanto que onde há tratamento de água feito por uma empresa de saneamento, é muito mais seguro beber a água da torneira do que a água mineral. A água da torneira tem a garantia de que você está recebendo uma água tratada dentro dos padrões exigidos e a população que compra a água mineral não tem a certeza da procedência daquela água. De onde está sendo extraída, qual a fonte.”

Ele acrescentou que é muito importante que a população mantenha os reservatórios domésticos sempre limpos.

“As caixas d’água devem ser lavadas a cada seis meses, e fazendo esse procedimento de limpeza, com certeza, haverá uma garantia de água com maior qualidade e mais segura. Uma das desvantagens que vejo na água mineral é a falta de flúor em sua composição e também a falta de segurança dos padrões de potabilidade e a fonte de onde está sendo extraída aquela água.”

Com informações de Maylla Nunes do Acorda Cidade. 

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