O superintendente de Operação e Manutenção da prefeitura municipal de Feira de Santana, João Vianey, anunciou que no dia 16 de fevereiro deste ano o governo municipal irá lançar uma licitação para recuperação de diversas ruas e avenidas da cidade.
De acordo com o superintendente da Soma, em entrevista ao Acorda Cidade, as equipes já estão em campo realizando uma avaliação técnica dos corredores de maior tráfego e com maior condição de dano, para que se possa fazer um planejamento logo após a homologação desta licitação.
Vianey ressaltou que a pavimentação asfáltica das ruas de Feira de Santana é antiga e enfrenta um momento crítico.
“A grande dificuldade nossa é que a cidade está em seu momento crítico, que enfrenta o envelhecimento do seu pavimento asfáltico. O asfalto já está muito antigo. Ele é dimensionado para um período de cerca de 10 anos. Após esse período, o cimento asfáltico perde a característica dele. Então hoje estamos em uma condição em que grande parte da malha do município enfrenta esse problema. Associado a isso, agrega a condição de vários reparos, várias valas que vão sendo feitas ao longo do tempo, e uma frequência de chuva totalmente atípica, que é perceptível a todos. Então estamos em uma condição atípica e crítica do pavimento”, revelou João Vianey.
Em relação às chuvas dos últimos dias, o superintendente informou que comprometem não só a vida útil do asfalto, como a velocidade do trabalho das equipes.
“As chuvas comprometem, sem dúvida nenhuma, porque evoluem os danos que acontecem no pavimento, já em fim de vida útil, e obviamente a produtividade das equipes é limitada. No momento em que a chuva se intensifica, não se pode trabalhar, porque a massa vai esfriar, não consegue agregar efetivamente, então é necessário um momento mais propício. Nós temos de fato um comprometimento, essa chuva não foi esperada. A previsão marcava uma questão diferente, mas temos que conviver com essa questão, e a chuva tem seu lado positivo, especialmente para o homem da zona rural”, avaliou.
Asfalto sem resistência
Sobre a qualidade do asfalto que é utilizado nas vias de Feira de Santana, algo que rotineiramente é alvo de muitas reclamações por parte da população, o superintendente da Soma justificou que atualmente a prefeitura trabalha com o CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente).
“A condição que nós temos hoje é, efetivamente, o uso de CBUQ, que é asfalto a quente. Ele tem um ganho de resistência, tanto imediata quanto de longo prazo, melhor que o PMF tinha. A prefeitura tinha uma usina de PMF (Asfalto Pré-misturado a Frio), que era uma massa, que nesse período de chuva desagregava muito. Então nós temos um ganho de qualidade significativo. Hoje nós temos um trabalho de compactação, limpeza e reenquadramento do tapa-buraco. A gente perde velocidade, mas ganha qualidade na intervenção”, argumentou.
Conforme João Vianey, a Soma possui uma programação de serviços que são contínuos. Ele destacou que desde o mês de novembro as ações foram intensificadas.
“Nós estamos com uma programação. O nosso serviço de manutenção é contínuo. O prefeito desde o mês de novembro pediu que a gente fizesse um planejamento de reforço dessas atividades, e a gente tem feito um trabalho intensivo. Agora estamos ampliando algumas equipes, revertendo em alguns momentos, para que sejam feitas as intervenções, tanto em paralelo quanto em asfalto. Nesta primeira semana do ano, estamos com dificuldade na manutenção por conta da usina que nos fornece, então estamos tendo que buscar o asfalto em Salvador, em outras usinas, e isso tem gerado uma perda de eficiência pelo horário que a massa chega aqui, compromete um pouco nossa produção. Mas nós estamos com toda a programação, ampliamos as equipes”, informou.
Os problemas envolvendo a pavimentação da cidade estão relacionados, em sua maioria, às condições da drenagem, observou Vianey.
“É importante ressaltar que a maior parte dos problemas de pavimento que a gente tem enfrentado é causada por drenagem, sejam em locais onde não há um escoamento adequado e que gera um dano severo no pavimento ou locais onde a rede teve um ano, e aí você tem o afundamento de um trecho, rompimento de uma caixa, e isso tem sido uma constante. Então nossas equipes hoje têm uma vinculação muito forte com as equipes de drenagem, que vão ao local, fazem o reparo da caixa ou do segmento da rede, e a equipe de reparo vem na sequência fazendo a intervenção. Mas como eu falei, esse é um serviço constante nosso. O prefeito fez uma recomendação para que a gente ampliasse essas intervenções. Nós fizemos esse trabalho e já estamos com as equipes reforçadas. A partir da próxima semana, com a usina funcionando normalmente aqui em Feira de Santana, a gente consegue ter uma produtividade bem maior para conseguir avançar neste serviço”, enfatizou.
O superintendente da Soma afirmou ainda que o trabalho das equipes é variado e atende muitos chamados através do Fala Feira 156.
“Nós temos as equipes que fazem as vistorias tanto por demanda nossa de informação e avaliações que a gente faz, como também pelos pedidos feitos através do Fala Feira. Temos essa rotina. Na semana passada, em Tiquaruçu, na sede do distrito, teve uma intervenção importante, que vai ter a Festa de Reis, então fizemos uma ação lá; e na Santa Mônica e nos Capuchinhos, que estavam com o pavimento danificado. Na Santa Mônica o pavimento foi feito em PMF, que é uma massa fria, e já está com muitos trechos comprometidos pela vida útil dela, como também nos Capuchinhos. Então, o trabalho, como eu falei, é variado, atua em toda a cidade, de acordo com as demandas que vão chegando pelo Fala Feira, avaliações de nossas equipes, e a gente vai fazendo esse trabalho de forma contínua”, concluiu.
Ouça a entrevista do superintendente concedida do Programa Acorda Cidade na manhã desta segunda-feira (23):
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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