Após o Acorda Cidade contar a história de Maria do Amparo da Silva, de 39 anos, mãe de quatro filhos e responsável por criar dois netos, a reportagem voltou à residência da família, no bairro Conceição, em Feira de Santana, para acompanhar o impacto da solidariedade.
Maria, que vive em condições precárias e perdeu recentemente uma filha, recebeu ajuda financeira, móveis e alimentos essenciais graças a uma rede de apoio de diversas pessoas. Todos os recibos de energia que estavam pendentes, já foram pagos pelas doações.
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O Acorda Cidade mostrou a difícil história da família de Maria, que vive em condições de vulnerabilidade com seis crianças sob seus cuidados. Ela perdeu uma filha há cerca de 30 dias, vítima de AVC, e está lidando com as necessidades diárias da família, incluindo a neta, que sofre de microcefalia e requer atenção e cuidados especiais.
A mobilização em torno da família reflete a sabedoria do provérbio africano que diz: “Uma mão só não nina uma criança.” Nesse momento, marcado por desafios e superações, mostra que o cuidado com as crianças exige um esforço que vai além da família, necessitando também do amparo de toda a comunidade.
Em meio a dificuldade, a solidariedade de pessoas que doaram, não só oferece recursos, mas também transmite uma mensagem de que ninguém deve enfrentar a vida sozinho.
Desde que a história foi ao ar, a comunidade de Feira de Santana se mobilizou para ajudar. Uma das responsáveis por organizar as doações, Marcela Silva Santos, da Igreja Batista Missionária Aliados por Cristo, explicou que mais de R$ 3.400 foram arrecadados via Pix, além de doações de itens básicos.
“Compramos ontem um fogão usado. Estamos comprando coisas que ela precisa, que está precisando no momento é o fogão, uma televisão que eles não têm, nós já estamos encaminhando uma beliche, que a Alessandra, a outra voluntária também está organizando. Uma cama de casal nova, tudo isso estamos vendo para comprar com esses valores”.
Além disso, Maria recebeu 12 cestas básicas, fraldas, produtos de limpeza e roupas, que estão sendo entregues gradualmente. “Estamos mantendo uma prestação de contas transparente com notas fiscais de tudo que estamos comprando para a casa dela”, completou Marcela. Ela e outros membros do grupo de voluntários reforçam que a maior necessidade agora é garantir uma moradia para a família.
Segundo a voluntária, ninguém da prefeitura esteve no local ainda ou entrou em contato para prestar algum tipo de serviço ou apoio.
O vereador Lulinha, que visitou a residência após a reportagem do Acorda Cidade, se comprometeu a buscar soluções habitacionais para a família, como o aluguel social ou uma casa do programa Minha Casa Minha Vida.
“Ele doou cesta básica e também um valor. Ele falou comigo para ir no comitê dele hoje pela manhã para tentar a Minha Casa Minha Vida ou o aluguel social para as meninas que não tinha condições delas permanecerem nessa casa”, contou Maria.
A situação da residência, com apenas um quarto, é bastante complicada. Cinco pessoas dividem uma cama, e Maria relatou ao Acorda Cidade as dificuldades que ela e as crianças têm passado.
“Não tem como acomodar as crianças aqui; a casa é muito apertada. Eu não tenho como ficar aqui nessa casa apertada com a menina. O que eu estou dependendo agora é uma moradia”, declarou Maria, ressaltando que, o proprietário da casa pediu o imóvel até dezembro para reformá-lo.
Ainda em entrevista ao Acorda Cidade, Marcela Silva destacou a importância do apoio da comunidade, que tem se mostrado cada vez mais envolvida para ajudar essa família que enfrenta a vulnerabilidade social. “Tem pessoas que ouviram a reportagem, que entrou em contato e pediu para pagar o recibo dela”, frisou.
Toda essa solidariedade já engajou 22 voluntários para ajudar diretamente a família. Em nome de todos, Marcela agradeceu pelo apoio e pelas pessoas se importarem com a situação de Maria, dos seus filhos e netos.
“Eu quero agradecer a todos que colaboraram, que Deus abençoe cada um e dizer que com certeza, todas as doações vão chegar até Maria”, afirmou Marcela.
Quem quiser doar, pode enviar o valor pelo Pix da voluntária, Marcela Silva Santos Cerqueira (Chave: 75 99147 2097).
A residência fica localizada na Rua Catumirí, Travessa Campos, nº 40, no bairro Conceição. A família aceita a visita de quem deseja ajudar e conhecer de perto a situação.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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