O empresário Marcelo Alexandrino anunciou o fim de sua gestão no Ville Gourmet, um dos mais populares centros de gastronomia e entretenimento de Feira de Santana. Após 18 anos de parceria com a CooperFeira, o empreendedor deixa um legado de sucesso no setor. Apesar da decisão, ele garante que o processo está sendo conduzido de forma tranquila e amigável com a proprietária do espaço, a CooperFeira, que assumirá a gestão direta do local.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Alexandrino falou sobre os desafios e as conquistas ao longo desses anos, além de projetar o futuro do empreendimento e do setor de eventos na cidade.
“Ainda não estou entregando. Tenho um contrato de locação com a empresa até outubro de 2025. E tempestivamente a gente conversou, a CooperFeira disse que não tinha interesse em fazer a renovação do contrato. E nos acertamos, eu estou saindo de forma tranquila, amigável, onde a CooperFeira entende que, a partir do momento, vão passar a fazer a gestão direta do Ville Gourmet, diretamente com os inquilinos, que são as casas de entretenimento”, explicou Alexandrino.
Ao longo da entrevista, o empresário relembrou a trajetória do empreendimento, desde a criação em 2009, quando um espaço subutilizado foi transformado em um dos lugares mais aconchegantes e movimentados de Feira. Idealizado por ele, Alexandrino chegou a renovar o contrato por três vezes ao longo dos anos.
“Há 18 anos atrás, aluguei o espaço. A CooperFeira fez uma licitação e a minha proposta foi a escolhida. Inicialmente, abri o Empório Bahia, um atacado de A a Z que durou por três anos, mas o negócio não deu certo.” Foi aí que ele começou a reavaliar o potencial do local e a pensar na ideia de locações.
Segundo Marcelo, o Ville Gourmet surgiu quase por acaso. Foi um sucesso que aconteceu com muito trabalho. “No final de dezembro de 2009, um amigo, Sérgio, do Chalé Catarinense, falou que queria abrir uma churrascaria. Eu disse que o espaço seria ideal para ele, porque tinha estacionamento. O arquiteto dele esteve lá, disse o que era ideal para ele colocar o empreendimento lá e, consequentemente, começou a migrar.”
A partir daí, outros inquilinos foram chegando e o projeto foi ganhando forma. Chegaram casas de shows, restaurantes, bares, sorveterias e espaços de lazer que o feirense conhece bem.
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O Ville Gourmet foi inaugurado oficialmente em outubro de 2010 e, desde então, passou por altos e baixos, como o empresário mesmo destacou, mas sem perder o seu espaço no coração dos feirenses.
“Fazendo 15 anos agora, e de lá para cá, graças a Deus, sucesso, alguns momentos de declínio, como qualquer empreendimento é assim. E aqui em Feira tem um negócio que, quando surgiu a São Domingos cheia de bar e etc., ‘ah, o Ville Gourmet vai acabar’. É uma pena, a São Domingos mingou um pouco em relação a isso. O Ville Gourmet está lá. Vem a Fraga Maia, também a mesma coisa. O Ville Gourmet está aqui. O Ville Gourmet continua forte. Eu tenho a ousadia de falar, ‘o Ville Gourmet não é meu, não é da CooperFeira. É um patrimônio de Feira de Santana. Um local onde você pode ir com segurança, tranquilidade, escolher o que você quer. Eu quero jantar? Eu quero uma boa churrascaria? Um restaurante fino? Quero ir para uma balada’.”
Centro de Convenções
Apesar do encerramento deste ciclo, Marcelo Alexandrino já almeja novos desafios. Entre eles, o empresário, que também é presidente do Convention Bureau de Feira de Santana, não descarta a possibilidade de gerir o Centro de Convenções de Feira de Santana, inaugurado recentemente. Ele destacou a importância do equipamento para a cidade.
“A gente entende como é um equipamento necessário, vamos fomentar, a gente precisa daquilo ali funcionando. Claro que eu já tive algumas conversas nesse sentido. O governador foi claro dizendo que o governo do estado não vai fazer a operação daquilo ali, que ele vai fazer uma terceirização, provavelmente uma PPP. Estive conversando com o deputado Zé Neto também sobre isso. Mas é uma coisa que a gente tem que conversar. Não necessariamente eu como presidente do Convention Bureau. Nós precisamos daquele equipamento funcionando e operacional para a cidade como centro de negócios e eventos. E, claro, também cultural, porque é um belo teatro, mas não é só um belo teatro, é uma plenária para você fazer grandes encontros aqui na cidade. Então a gente vai trabalhar para que ele esteja operacional. Se, por acaso, surgir a situação que, porventura, eu possa fazer essa gestão lá, vamos conversar”, declarou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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