Sindicato Patronal do Comércio emite nota de repúdio sobre o posicionamento do Sindicato dos Comerciários

O Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sindicato Patronal), emitiu uma nota de repúdio sobre a falta de diálogo e o posicionamento do Sindicato dos Comerciários.

Segundo o Sindicato Patronal, o Sindicato dos Comerciários está colaborando para a criação de uma imagem negativa do comércio durante a Micareta 2023 que está autorizado a funcionar.

Na tarde de ontem (19), trabalhadores do Shopping Boulevard realizaram uma manifestação para reivindicar a redução de horário durante a Micareta e o Sindicato Patronal, presidido por Marco Silva, considerou que o ato foi motivado por uma falta de diálogo e negociação do Sindicato dos Comerciários.

“Infelizmente tenho muito a lamentar, o Sindicato do Comércio vem tentando negociar com o Sindicato dos Comerciários desde janeiro e faltando menos de 24h para o início da Micareta, oficialmente, temos essa manifestação negativa. Quem se nega a negociar e depois faz manifestação com o apoio do sindicato laboral é lamentável. Só tenho a dizer que lamento, os lojistas estão seguindo a legislação que foi o próprio Sindicato dos Comerciários que evocou. E mais uma vez vou deixar a minha porta disponível para negociação, meu celular está ligado o tempo todo e só digo que a pior coisa que tem é a imprevisibilidade e a insegurança jurídica, é o que tentamos evitar. Esperamos que exista mais maturidade nas negociações e que a gente consiga evoluir, porque todo mundo precisa produzir, todo mundo precisa pagar as suas contas, se divertir, quem quer viajar precisa ter essa previsibilidade, e não se pode através de uma imposição ou forçação de barra, de um constrangimento ilegal, querer forçar uma situação, quando desde janeiro estamos querendo negociar. Mas somos pessoas de diálogo e mais uma vez afirmo que o meu celular e o Sincofs está disponível para negociação”, concluiu.

Confira a nota:

NOTA DE REPÚDIO

O Sindicato do Comércio de Feira de Santana- SICOMFS vem a público manifestar o seu repúdio a quaisquer práticas de constrangimento, ataques à cidadania e principalmente a seus representados (nossa missão estatutária). Acreditamos em um mundo livre, justo e solidário, com igualdade de condições para todos e sem preconceitos, onde todas as pessoas têm o direito de viver e trabalhar com dignidade e respeito.

O nosso compromisso com a geração de empregos, renda e impostos e o fiel cumprimento à Lei é inegociável.

Por meio de ações e transparência iniciamos e solicitamos o processo de negociação para o melhor funcionamento do comércio de Feira de Santana em períodos momescos (carnaval e micareta) desde o mês de janeiro de 2023. Infelizmente não obtivemos, por parte do Sindicato Laboral, eco de nossa solicitação. Logo em seguida fomos surpreendidos com notificação, sem a devida negociação prevista na Convenção Coletiva do Comércio de Feira de Santana. Essa notificação fechava a porta de debates se valendo da Lei Municipal 2.299/2001, que trata do funcionamento do comércio de Feira de Santana em horário especiais, aos sábados, domingos e feriados. Esta Lei em seu artigo segundo proibia, sob alguns aspectos, o funcionamento do comércio das 14 horas de sexta até o domingo de micareta. Importante informar que este artigo foi contestado em Ação Direta de Inconstitucionalidade e teve seu texto reformado com sua exclusão. Ficando, portanto, liberado o funcionamento do comércio durante o período da micareta. No entanto, a orientação do SICOMFS é de que este funcionamento não prejudique a micareta e sim a fortaleça.

De forma antidemocrática e sem respeito à lei, nesta quarta-feira (19/04/2023) movimento de uma ínfima parcela de trabalhadores, com apoio direto do sindicato laboral-SECOFS, criou cenas lamentáveis de constrangimento e danos à imagem de nosso comércio. Importante destacar que em momento algum fomos procurados para negociar o funcionamento de qualquer empreendimento comercial durante a micareta. Ao invés de buscar o diálogo entre os Sindicatos (que são os representantes legais) preferiram realizar ameaças graves em redes sociais e balburdia dentro de estabelecimento comercial que gera emprego, renda e impostos e é orgulho para Feira de Santana e região.