Feira de Santana

Sindicato dos Trabalhadores Rurais realiza protesto em frente à Prefeitura Municipal de Feira de Santana

Após o ato em frente ao Paço Municipal, a categoria se dirigiu até à Câmara de Vereadores.

Gabriel Gonçalves

Com faixas, cartazes e produtos da agricultura familiar, um grupo do Sindicato do Trabalhadores Rurais de Feira de Santana se reuniu, na manhã desta terça-feira (8), em frente à Prefeitura Municipal para protestar contra o decreto que declara Situação de Emergência na zona rural, pois estaria trazendo prejuízos para os agricultores.

Durante o pronunciamento, a presidente do Sindicato, Conceição Borges, destacou as fortes chuvas que estão acontecendo na zona rural, e com isso, muitos produtos estão sendo perdidos.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

"Não dá para a gente enfrentar um ano de chuva com cerca de 70% da safra de milho perdida. Estamos hoje no dia 8 de março, e não tivemos fartura para a zona rural. Aqui no chão foi feita uma cruz com os nossos frutos, mas são frutos que não há condições para consumir, porque estão perdidos. Já informamos a todos os órgãos, inclusive a esta casa onde estamos, porque fomos surpreendidos com um decreto que declara situação de emergência para a zona rural, mas vamos ter que convidar o prefeito a fazer um tour pela zona rural, conhecer nossos rios, nossas nascentes", disse.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Em entrevista ao Acorda Cidade, Conceição Borges explicou quais são os prejuízos causados após deflagração do decreto de Situação de Emergência.

"O grande objetivo é primeiro celebrar o dia das mulheres que, apesar da história de dores, apesar da vida de dor, a gente continua firme e lutando, depois protestar contra um decreto de Situação de Emergência aqui do município e acreditamos que o maior protesto é trazer informação do campo, e trazer os frutos sem condição de consumo. Iremos entregar um documento ao nosso prefeito e também vamos entregar uns produtos que são comercializados nas nossas feiras. Não dá para a gente ficar nessa situação, o prefeito não receber o sindicato, o prefeito não conversa com sindicato, o prefeito assinou um decreto que vai de encontro aos interesses da classe trabalhadora e traz prejuízos. Decreto de Situação de Emergência tira a gente por exemplo de acessar o crédito, o decreto de Situação de Emergência só tem uma função que não nos interessa que é garantir a safra, a gente quer garantir alimentos. Queremos abrir uma mesa de negociação com a prefeitura e logo em seguida, vamos para a Câmara de Vereadores para dizer para este povo que se a cidade não planta o campo não janta", declarou.

Fotos: Paulo José/Acorda Cidade

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

 

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