O Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Sintraf) de Feira de Santana, realizou na manhã desta sexta-feira (8), uma programação especial dedicada ao Dia Internacional da Mulher.
Diversos atendimentos foram oferecidos para as mulheres do campo, assim como a realização de palestras voltadas para o mercado de trabalho na área rural.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a nova presidente do sindicato, Adriana Lima destacou as inúmeras dificuldades que as mulheres encontram no campo.
“O objetivo é trazer os principais problemas que nós encontramos referentes à mulher. Onde a gente trouxe a incubadora, pois a incubadora é um espaço fortalecedor, onde debate política de fortalecimento, de direcionamento para a questão da comercialização, que hoje quase uma boa parte das mulheres é de empreendedoras. A incubadora tem esse papel na questão da sociedade, e por isso que a gente trouxe hoje também, uma feira da economia solidária, onde tem diversas mulheres aqui comercializando seus produtos, que também é um portal de fortalecimento para a sobrevivência do homem e da mulher do campo. A mulher do campo é uma das mentoras dessas políticas e é necessário a gente depositar credibilidade, e cada vez mais acreditar e fortalecer esses tipos de negócios”, pontuou.
Entre as dificuldades, segundo ela, está o mercado de trabalho. Ao Acorda Cidade, Adriana informou que por conta deste problema, aumenta-se a necessidade de capacitação para as mulheres.
“O mercado é escasso e a sobrevivência é mais difícil. Há uma necessidade cada vez mais de capacitação, para aproveitar até o que já tem na sua existência do dia a dia. Estamos planejando, fazendo parceria com várias entidades. Há exemplo da universidade que a gente sabe que todo espaço precisa de capacitação. Cada vez mais, a gente tem sede desse espaço de capacitação para adequar a nossa realidade, e é uma necessidade extremamente gigante, pois o comércio e a sobrevivência, estão em jogo e é necessário a gente buscar reverter essa situação”, declarou.
Quem também esteve presente na programação especial, foi Lorena Margarida, que faz parte da direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
“O intuito dessa plenária foi justamente isso, unir as mulheres do campo e da cidade, no objetivo de mostrar elas os seus direitos. A gente como cidadã, a gente sabe da importância que é a gente exercer nosso poder maior que é o voto. Nós somos a maioria, mas não somos a maioria nos lugares de poder. Então a plenária serviu para isso, para gente despertar nessas mulheres o seu empoderamento, nesse dia que é só apenas mais um dia de afirmação, de lutas, que as lutas ainda vão ser árduas”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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