Feira de Santana

Bancários de Feira de Santana podem entrar em greve por tempo indeterminado a partir de sexta-feira (13)

O diretor de comunicação do sindicato, Edmilson Cerqueira, confirmou ao Acorda Cidade a decisão definida em assembleia. 

Reunião Sindicato dos bancários
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Na manhã desta terça-feira (10), o Sindicato dos Bancários de Feira de Santana aprovou o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir de sexta-feira (13). O diretor de comunicação do sindicato, Edmilson Cerqueira, confirmou ao Acorda Cidade a decisão definida em assembleia. 

No dia 28 de agosto, durante um café da manhã em celebração do Dia dos Bancários, o diretor indicou que a categoria poderia paralisar caso as reivindicações não fossem aceitas. 

Reunião Sindicato dos bancários
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

De acordo com ele, desde junho que o sindicato está negociando as pautas. Nesta terça-feira, as propostas foram recusadas por três bancos e aceita apenas por uma instituição. 

“Desde junho entregamos a pauta de reivindicação. A luta dos bancários não é só sobre salário e sobre os bancários, é uma luta que vem se travando há muito tempo, com a defesa até do próprio cliente, que é quem gera o lucro. Vemos muitas agências fechadas, você vê cidades pequenas, quando você tem uma agência fechada, aquela economia daquele município sai toda, porque as pessoas vão para outra localidade e não voltam para comprar naquele comércio. Agências fechadas em Feira de Santana, bancários sendo demitidos, a população sendo prejudicada”.

O acordo em vigor estava valendo entre os anos de 2022 e 2024. Agora, com o acordo vencido, novas rodadas de negociações precisaram ser realizadas. Segundo Edmilson, foram 13 rodadas para se discutir o aumento para a categoria. 

“Os banqueiros fizeram de tudo para tirar os direitos que a gente tem conseguido, mas foi finalmente fechado um acordo onde manteve os direitos e eles têm um percentual de 1.10 para 2024 e 1.10 para 2025 de aumento, queria que fosse assim os juros que eles cobram aos clientes, de 1.10 ao ano, só que não é o que acontece. Após fechado o acordo, os bancários da rede privada aceitaram, só que na redação de alguns bancos, vieram coisas que não foram discutidas, não foram colocadas em mesa”. 

Uma dessas pautas que não estava em acordo foi a permissão que o banco pode ter para demitir um funcionário concursado, como explicou Edmilson Cerqueira. 

“Pegadinhas como que o banco tem a permissão de demitir sumariamente uma pessoa concursada, por exemplo. No caso do plano de saúde da Caixa, os funcionários entravam com 30% e a Caixa, em contrapartida, entrava com 70%. Houve uma mudança governamental nas estatais, botou 50% a 50%, inviabilizando o plano de saúde dos funcionários. Então, nas negociações, que era isso que estava na convenção, o banco não alterou. Caixa, Banco do Brasil e o Banco Regional de Brasília não aceitaram as redações na assinatura deste acordo. Por isso, eles rejeitaram a proposta e estão propondo greve a partir de sexta-feira por tempo indeterminado na Bahia, Sergipe e em quase todo o Brasil”, explicou. 

Reunião Sindicato dos bancários
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Ainda segundo o diretor, alguns bancos já estão se movimentando para evitar a deflagração da greve na sexta-feira com novas rodadas de negociações. Na quinta (12), uma nova assembleia será realizada para ratificar a legalidade do processo de mobilização caso as propostas não sejam revistas. 

“Tivemos a informação que a direção da Caixa já chamou o comando para sentar novamente à mesa e esperamos que o Banco do Brasil e o BRB façam o mesmo, que corrijam essas redações. Porque a previsão é que caso não seja corrigido isso, haverá ainda uma assembleia na quinta-feira de ratificação e a partir de sexta-feira será a greve”. 

Edmilson ainda destacou a insatisfação da categoria com a redução de funcionários, de postos de trabalho, entre outras questões que também envolve o aumento salarial. 

“É uma categoria que vem adoecendo, que vem sendo reduzida e as demandas sempre aumentam porque os bancos querem mais lucros e as pessoas que ficam dentro do banco, os bancários estão sofrendo demais, são assédios morais, sexuais, ameaças, colegas que precisam tomar remédio para cumprir metas e quando chega na data base, os banqueiros não têm nenhum pingo de reconhecimento, além de nós acharmos que os banqueiros com o que lucram, deveriam dar uma satisfação ao público, as pessoas que precisam das agências bancárias e é o que não acontece”, acrescentou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

Leia também: No Dia do Bancário, sindicato realiza café da manhã e diz que categoria pode paralisar

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