Acorda Cidade
Atualizada às 20:13
A prefeitura de São Paulo estuda a implantação de ônibus sem cobrador a partir do mês de setembro. Em Feira de Santana, o presidente do sindicato dos rodoviários, vereador Alberto Nery, informou que existe um documento que foi encaminhado pelas empresas, fazendo uma solicitação para que o sindicato permitisse que as empresas operassem o sistema apenas com 30 % do quadro funcional de cobradores. Porém, Alberto Nery afirmou em entrevista ao Acorda Cidade que o sindicato não vai permitir.
“Nós mostramos a eles que não tínhamos como fazer essa concessão, tendo em vista o descumprimento do contrato por parte da empresa durante esse período. Feira de Santana tem um índice de desemprego muito grande. Nós não poderíamos permitir a retirada de cobradores, para tirar ainda mais postos de serviço e não ter nenhuma melhora para o usuário. Não vai haver redução da tarifa, não vai haver nenhum ganho para as pessoas”, afirmou.
Nery disse que tem orientado aos cobradores, que eles mostrem para a sociedade da sua importância, que não é apenas receber o dinheiro e dá o troco, mas também auxiliar o motorista no embarque e desembarque de passageiros e operar no caso de pessoas que usam cadeira de rodas.
“Sobre São Paulo, já era esperado, pois o governo só visa lucro. Se eles vissem a questão social, estariam buscando forma de gerar emprego e não de desempregar pais de família, pois não vai haver redução para os usuários. Tem uma lei aprovada no Congresso Federal que impede o motorista de exercer dupla função. Faço sempre essa observação: a gente queira ou não, já está sendo admitida a dupla função. O motorista de micro-ônibus já dirige e cobra. Acho que essa lei deveria estar sendo fiscalizada para que os motoristas de micro não estivessem fazendo essa dupla função”, destacou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade