Foi realizada no final da tarde desta quinta-feira (30), no Shopping Popular Cidade das Compras, em Feira de Santana, uma reunião entre o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Wilson Falcão e camelôs do entreposto comercial.
O encontro teve como objetivo alinhar todas as informações e determinações para o retorno da cobrança da taxa de condomínio.
Na oportunidade, o secretário Wilson Falcão declarou que a administração do Shopping será retransferida para o Consórcio Feira Popular.
“Eu vim aqui a pedido dos comerciantes e dos camelôs para conversar com eles sobre esta nova etapa a partir de dezembro do Shopping Cidade das compras, nós vamos começar um processo em breve de retransferência para a concessionária que administra o Shopping, só que em outra base. A base principal que o prefeito exige, é o respeito a cada um destes comerciantes que tanto merecem, é o respeito a cada um dos ambulantes que aqui estão estabelecidos, eles viviam aqui terrorismo, boxes sendo lacrados com soldas sem termos judiciais, e isso tudo acabou. Hoje eles têm um respeito de todos que aqui administram o Shopping Cidade das Compras e que fazem acontecer no nosso dia a dia deste Shopping”, explicou.
Segundo o secretário, um acordo foi feito com os comerciantes, para que o pagamento do condomínio seja feito de imediato, já que a prefeitura não tem condições de arcar com os custos.
Ao Acorda Cidade, Wilson Falcão informou que o prefeito Colbert Martins deu a ordem que todos os boxes fossem reabertos, desde que os comerciantes assinem uma declaração de conhecimento dos débitos.
“Pelo que nós verificamos e com uma tristeza de dizer que são mais de 60 boxes lacrados, mas a gente quer que isso volte a acontecer para que o no Natal, a gente tenha o Shopping Popular funcionando, a própria Associação está fazendo campanhas, sorteio, isso atrai famílias, crianças, toda a comunidade feirense, sabemos que o comércio passar por um momento não tão fácil, mas Natal é luz, esperamos que o Natal dê um fôlego para todos eles”, disse.
Elizabeth Araújo, presidente da Associação de Camelôs do Shopping Popular Cidade das Compras de Feira de Santana, informou à reportagem do Acorda Cidade que o acordo estabelecido nesta quinta-feira, é que os camelôs possam quitar os débitos de acordo com o saldo financeiro.
“Eles nos chamaram para dizer que precisavam voltar a cobrar a taxa de condomínio por conta das despesas que estão ocorrendo, como energia, a segurança, então estas cobranças voltaram, ficamos até afoitos, imaginando que teria que pagar tudo de vez, mas hoje ficou definido que os boletos poderão ser pagos gradativamente, ou seja, pago de acordo com a condição financeira. Com relação ao aluguel, esse é o maior problema que ainda precisa definir, pois precisa ser um valor que a gente consiga pagar e sobreviver aqui. Esperamos que o Shopping passe a funcionar, que realmente os projetos saiam do papel, que a prefeitura abrace a gente, até na questão de propaganda, mídia, como forma de trazer clientes”, afirmou.
Maria Eunice de Jesus Brito, é permissionária do Shopping Popular Cidade das Compras. Ao Acorda Cidade, ela desabafou o que vem passando dentro do entreposto comercial.
“Desde ontem que eu não estou passando bem, porque eu vejo muita coisa acontecendo. A gente que está aqui há três anos, não é três dias, nem três minutos, nem três horas. A gente está aqui há três anos, sofrendo, num lugar que não dá oportunidade de vida. Está entendendo? Eu passei uma semana pra vender uma chuteira e o povo só fala de pagamento, o que vai pagar, mas não dá um atrativo. Não limpa um espaço direito. Não dá nada pra você dizer assim: ‘olha, a gente vai viver aqui, a gente vai respirar’, mas quando chega o fim do ano, começa a agonia”, lamentou.
A permissionária também declarou que qualquer empresário que instalar uma empresa dentro do Shopping Popular, não terá boas vendas por falta da atratividade no espaço.
“Eu tenho minha família, mas eu não vou passar o resto da minha vida, chegando no final do mês e dizer para meu filho, estou precisando de uma cesta básica. A gente não consegue vender nada aqui e não estamos mentindo, os empresários podem vim, abrir suas portas, botarem seus funcionários e ficarão aqui sem fazer nada”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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