Feira de Santana

Servidores municipais realizam manifestação contra corte de gratificações em salários

O grupo ao chegar a Câmara Municipal, foi recebido pelos vereadores Ivamberg Lima e Silvio Dias (PT), Jhonatas Monteiro (PSOL) e pelo presidente da Câmara, Fernando Torres (PSD).

Gabriel Gonçalves

Agentes de trânsito, professores da rede municipal e Servidores da Associação dos Motoristas, Operadores de Máquinas e Mecânicos Efetivos da Prefeitura Municipal de Feira de Santana (AMOMMEPMFS), se reuniram na manhã desta terça-feira (15), como forma de protesto contra os cortes de gratificações em salários que estão tendo nos últimos meses.

Inicialmente o grupo se reuniu no estacionamento da prefeitura e em seguida, caminhou até a Câmara Municipal de Vereadores.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente da Associação Feirense dos Agentes de Trânsito (Afat), Iara Alves, explicou que cerca de 75% do salário dos agentes de trânsito foi cortado com a suspensão da gratificação chamada de Adicional de Jornada Excedente (AJE).

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

"Todos nós tivemos um corte do AJE, que era pago e houve esse corte que é por volta de 75% do nosso salário, hoje tivemos aí uma perda entre R$ 700 a R$ 1.200. São muitos provedores que hoje não possuem mais essa remuneração para cumprir com as obrigações e por isso, estamos aqui com todos os servidores, desde os motoristas da Secretaria de Saúde aos professores da rede municipal, pois estamos descontentes com o desrespeito que estamos sendo tratados pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana", disse.

Desde o dia 25 de fevereiro, os agentes de trânsito decidiram que não irão mais conduzir viaturas, trabalhando apenas em regime de carga horária semanal de 40 horas.

"Entregamos as viaturas no dia 26 e estamos trabalhando apenas no centro da cidade, porém como já citei, Feira de Santana não se resume apenas ao centro da cidade. Toda cidade está precisando dos agentes, principalmente nos bairros, onde acontecem as chamadas mais frequentes e isso triplicou porque não está tendo mais fiscalizações de forma efetiva, porque o prefeito não quer", relatou.

Também presente na manifestação, o presidente da AMOMMEPMFS, Waldeck Fauser, informou a reportagem do Acorda Cidade, que as reivindicações já estão acontecendo há meses, porém, as categorias não foram recebidas pelo prefeito.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

"Todas essas reivindicações que estamos apresentando hoje aqui, já vem caminhando há meses, no entanto ainda não fomos recebidos pelo prefeito de Feira de Santana para tratar desses assuntos. Entre as nossas reivindicações, estão a manutenção da Geus, uma gratificação mediante a lei complementar 1/94, salário com estabilidade econômica e nomeação dos servidores públicos, pois a prefeitura está contratando empresas terceirizadas, em vez de aproveitar os próprios servidores que tem ótimas formações, mas isso não está acontecendo, além do pagamento de insalubridade e periculosidade", disse.

Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, (APLB), Marlede Oliveira, a unificação dos servidores municipais neste ato de manifestação, mostra que as as reivindicações, não partem apenas ao setor da educação. Ela afirmou que existe sim, outros problemas sendo enfrentados por servidores de outras categorias.

"A gente sabe que o prejuízo foi muito grande, ainda mais para os professores que tiveram os salários cortados, profissionais com até 70% do salário cortado, passando por necessidades e hoje estamos nesse movimento, conseguimos unificar os servidores municipais, porque o ataque não está sendo apenas aos trabalhadores da educação, há também outros servidores que estão se queixando, já tivemos agora pela manhã na prefeitura, solicitando uma audiência, porque precisamos dialogar", disse ao Acorda Cidade.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Ainda de acordo com Marlede Oliveira, o prefeito precisa entender que a comunidade precisa dos servidores públicos e não há possibilidade de empregos serem gerados apenas de cooperativas.

"O governante precisa entender que a comunidade precisa dos servidores públicos, nós somos efetivos e a proposta neoliberal é acabar com o concurso público para ficar em cabide de emprego que são as cooperativas, através de politicagem. Não queremos isso, e por este motivo, eu acho que foi bastante positivo unificar todos estes servidores municipais de Feira de Santana, isso me fez lembrar o ano de 2016, quando também nos reunirmos contra a aplicação dos cartões eletrônicos, isso foi na gestão do ex-prefeito José Ronaldo e o vale transporte foi tirado do contracheque, obrigando que os funcionários tivessem cartão. Então realmente é preciso unificar, isso demonstra que somos unidos e vamos seguir em busca dos nossos direitos, nossa valorização, respeito e principalmente o diálogo", concluiu.

O grupo ao chegar a Câmara Municipal, foi recebido pelos vereadores Ivamberg Lima e Silvio Dias (PT), Jhonatas Monteiro (PSOL) e pelo presidente da Câmara, Fernando Torres (PSD).

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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