Servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Feira de Santana estiveram na Câmara Municipal, na manhã desta quinta-feira (21), para cobrar o apoio dos vereadores diante das principais dificuldades relacionadas às condições de trabalho enfrentadas pela categoria.
As reclamações incluem desde a situação de ambulâncias e indisponibilidade de materiais básicos até a falta de pagamentos e de diálogo por parte da gestão.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (SindSaúde), Dart Clair Cerqueira, que também acompanhou os servidores na Casa da Cidadania, destacou as principais dificuldades enfrentadas pelas equipes.
“Na verdade, essa pauta de denúncias que foi trazida hoje aqui pelos integrantes do Samu, eles procuraram o sindicato para que dessem o apoio. São denúncias graves, de perseguição, de assédio moral, de falta de condições de trabalho, as ambulâncias sem o mínimo de condições dignas para atender a população e a gente está aqui hoje para apresentar isso à Câmara, para que faça o seu papel que é fiscalizar a saúde do município”, disse.
Ainda segundo Dart Clair salientou, diversas solicitações já foram feitas à coordenação do Samu, a fim de tratar sobre as possíveis melhorias na unidade, mas nada foi resolvido.
“Nós já sentamos com a coordenação, apresentamos as pautas trazidas pelos servidores e já solicitei uma reunião para saber de que forma as pautas serão tratadas. O que a gente quer é que algumas demandas sejam colocadas para que os trabalhadores tenham condições dignas de atender a população e que possam fazer o trabalho com a qualidade que vêm fazendo, se dedicando, que sejam valorizados como merecem e que realmente o prefeito entenda que esses profissionais são importantes para o município. Foram mais de 10 pautas apresentadas, tem também a questão do não fornecimento de fardamento, o conforto que está sucateado, tem algumas bases que ficam no Corpo de Bombeiros e outra no Oyama onde não têm condições dignas para eles trabalharem, são muitas pautas que vêm se arrastando há cinco anos”, relatou.
A diretora do sindicato ainda lembrou que há um indicativo de greve dos servidores do Samu marcada para o dia 28 deste mês. As reclamações serão debatidas pela categoria e se não forem resolvidas, irão paralisar as atividades.
“Tem o indicativo de greve apresentada pelos servidores para o dia 28 e a gente espera que isso não aconteça, sabemos que a população precisa do Samu. Eles estão exigindo que as pautas sejam resolvidas para que a greve não aconteça. Se a greve for realizada, é a categoria que vai decidir se será por tempo indeterminado”, concluiu.
Sobre as reclamações dos servidores, o Acorda Cidade irá buscar esclarecimentos da direção do Samu.
A produção do Acorda Cidade entrou em contato com o Samu e está aguardando retorno.
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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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