Gabriel Gonçalves
No último dia 23 de março, os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), deflagraram greve nacional reivindicando novo concurso público, recomposição salarial de 19,99% referente às perdas inflacionárias e melhoria das condições de trabalho no que diz respeito a infraestrutura das unidades e parque tecnológico.
Nesta quinta-feira (31), os servidores do INSS em Feira de Santana, também aderiram a greve, suspendendo todos os atendimentos e realizaram um protesto em frente à gerência executiva do INSS, localizada na Avenida Getúlio Vargas.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o técnico do Seguro Social, Luís Ernesto Ferreira Santa Bárbara, informou que as reivindicações têm como objetivo também, prestar serviços melhores aos segurados.
"Os servidores do INSS a nível nacional, deflagraram uma greve no último dia 23 de março e nós servidores do INSS de Feira de Santana, estamos acompanhando este movimento reivindicando uma recomposição salarial de 19,99% de perda inflacionária, é bom que se diga que não é uma reivindicação de aumento do salário e sim uma recomposição desse período inflacionário do atual governo porque a perda salarial é muito maior. Estamos em busca da realização de concurso público porque o quadro de servidores do INSS nos últimos anos, reduziu drasticamente. O INSS tinha pouco mais de 32 mil servidores ativos e hoje esse quadro está em torno de 18 mil por conta das aposentadorias. É necessário que o governo faça essa recomposição da força de trabalho para que a gente possa atender com excelência o cidadão que contribui para a Previdência Social", informou o servidor ao Acorda Cidade..
Ainda de acordo com Luís Ernesto, a estrutura do INSS em geral, está precária.
"As agências do INSS, a precarização dessa estrutura está impactando na prestação de um bom serviço ao cidadão. Aqui em Feira de Santana, por exemplo, nós tivemos uma transferência de uma unidade do Muchila, para o final da Getúlio Vargas. Na agência do Muchila, nós tínhamos uma ampla agência que eram disponibilizados 16 guichês de atendimento ao público, e aqui na agência da Getúlio Vargas temos apenas três guichês. As pessoas ficam sujeitas ao sol, à chuva na porta da agência porque não comporta todo mundo no interior da mesma. Então esse é um problema que se estende a nível de Brasil, várias unidades precisam passar por uma manutenção inclusive no que se refere à equipamentos também, os equipamentos estão obsoletos, existe a necessidade urgente de troca desses equipamentos para que a gente possa oferecer ao segurado da previdência, um serviço de qualidade", concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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