Andrea Trindade
Os servidores técnicos da Universidade Estadual de feira de Santana realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (26), em frente ao pórtico da instituição, que está fechado deste a noite de ontem (25).
Por causa do fechamento e da paralisação dos servidores, as aulas na universidade e no Centro de Educação Básica (CEB) estarão suspensas hoje e amanhã (27). A decisão de paralisar as atividades por dois dias foi tomada durante assembleia.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau (Sintest/Uefs), Daiana Alcântara, informou ao Acorda Cidade que o protesto foi motivado pelo descumprimento do acordo assinado com o Governo do Estado.
Entre as queixas dos trabalhadores está a negativa de discussões e propostas que possam ser planejadas a médio e longo prazo, como criação de carreira de 40 horas para os analistas, da gratificação por produção técnica-acadêmica e modificações no plano de carreira que necessitem de alteração em lei.
Eles também protestam contra a recusa do governo em avaliar os processos referentes ao adicional de insalubridade que estão parados na junta médica.
“Depois de vários meses de negociação com o estado, inclusive assinamos um acordo na presença do governador Rui Costa, a Saeb não está cumprindo com o que foi prometido para a categoria. Temos negociação em relação às promoções dos servidores, e todas as nossas proposições foram rejeitadas na mesa pela Saeb. Ontem eles acabaram enviando pra gente um documento que nega as nossas principais conquistas. Uma delas seria o efeito retroativo da promoção. A gente está desde 2018 com salário abaixo do mínimo, sem promoção”, lamentou Daiana.
Ela informou também que a escola da Uefs, o CEB, está em situação precária, precisando de uma atenção maior do estado.
“Outra questão foi que a gente assinou o acordo de aumento no salário base e na gratificação – que o governo divulgou bastante que resolveu a situação dos servidores abaixo do salário mínimo -, mas na verdade, neste mês, os servidores aposentados mesmo com a paridade garantida por lei, a Suprev se sega a fazer os pagamentos. O próprio Governador Rui Costa disse que para qualquer servidor que quisesse aumentar sua carga horária para 40 horas seria feito de imediato e, no entanto ,temos vários processos presos na Saeb. A Escola da Uefs (CEB), que está totalmente sucateada. Essa escola funciona em parceria com a prefeitura, e o estado não fez nada. Temos 12 janelas quebradas e a Uefs não tem vidro pra consertar. A escola está com Ideb 7,2, uma escola muito bem conceituada sendo descaracterizada, funcionando em grande precariedade. A estrutura está depreciada”, disse Daiana informando que foi prometida a construção de um novo prédio para a escola, mas até o momento não há previsão de quando a obra vai iniciar.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade