Afogamentos
Sepultamento: família lamenta falta de estrutura dos Bombeiros no resgate às vítimas
De acordo com um amigo da família, apesar do Corpo de Bombeiros de Feira de Santana ter ajudado no resgate, não houve a estrutura necessária.
Daniela Cardoso
Muita emoção e tristeza marcaram o enterro, na tarde desta quarta-feira (25), dos irmãos Yuri Lima da Silva, de 16 anos, e Rodrigo Lima da Silva, 15, que morreram afogados no último domingo (21) na praia de Bom Jesus, região de Santo Amaro. O enterro foi no cemitério São João Batista.
O corpo de Rodrigo foi encontrado na manhã de terça-feira (24) por um pescador, e o corpo de Yuri só foi encontrado na manhã de hoje. De acordo com Sérgio Rios, que é amigo da família dos jovens, os corpos foram encontrados em locais próximos um do outro. A garota Caroline Pereira Mota, de 9 anos, também morreu e foi enterrada na última segunda. O corpo dela foi encontrado ainda no domingo.
Sérgio Rios agradeceu o auxílio dos pescadores, que segundo ele, foi fundamental no apoio à família. De acordo com ele, apesar do Corpo de Bombeiros de Feira de Santana ter ajudado no resgate, não houve a estrutura necessária.
“Eles não tinham equipamentos de mergulho, a lancha estava com o motor danificado e o pior de tudo, não tinha combustível. O tio das crianças que teve que bancar a gasolina”, afirmou.
Sérgio reclamou ainda sobre a falta de sinalização de um canal existente na praia, perto de onde as crianças morreram afogadas.
“Eu acho um absurdo uma praia como aquela, que tem um canal perigosíssimo, não ter nenhum aviso, então qualquer pessoa pode morrer. Esse acidente poderia ter sido evitado se tivesse sinalização. Além de tudo, não tem salva-vidas na praia”, afirmou.
Roque Cícero Almeida, outro amigo da família dos jovens, também reclamou da falta de sinalização, próximo ao canal.
“Tem um canal onde trafega navios, que na hora da maré baixa, fica muito próximo do nível apropriado para banho. Esse canal fica próximo ao local onde eles se afogaram, e eles não tinham noção do perigo”, afirmou.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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