Seminário de Educação Ambiental focará em escolas que estão sobre a bacia do Rio Jacuípe

Nesta quinta-feira (17), aconteceu o 3º Fórum de Requalificação da Bacia do Rio Jacuípe. O evento contou com a participação de representantes da administração municipal e da sociedade civil.

O diretor do Departamento de Educação Ambiental, João Dias, revelou que no dia 1º do próximo mês, um seminário acontecerá no Sesi, tendo como público, diretores, coordenadores e professores de escolas localizadas na bacia do Rio Jacuípe.

“Neste 3º Fórum apresentamos o relatório do grupo de trabalho de Educação Ambiental e Meio Ambiente e o grupo de trabalho que fala sobre a Infraestrutura. O grupo de Educação e Meio Ambiente teve várias reuniões, inclusive com a Secretaria de Educação e elaborou para o dia 1º de dezembro às 18h30, no auditório do Sesi, um seminário de Educação Ambiental com um público específico, diretores, coordenadores e professores das escolas que estão na bacia do Rio Jacuípe, a maior bacia da cidade que contempla 25 bairros e sub-bairros, como Olhos D’Água, Chácara São Cosme, Jardim Acácia, Muchila, Feira X, Jussara, Pedra do Descanso. É uma área imensa, por isso, escolhemos fazer esse seminário com as escolas dessa bacia para que possamos tornar os estudantes sujeitos multiplicadores,” explicou.

O Diretor Ambiental enfatizou que a Requalificação do Rio Jacuípe ainda tem um grande caminho para ser trilhado.

“A gente tá indo aos poucos, porque tem a parte de plano de ação, de Educação e Meio Ambiente e tem a parte de investimentos que só vai sair quando tivermos os projetos, porque é um outro grupo de trabalho, composto pela sociedade privada. E também nós vamos procurar os nossos políticos. Hoje temos aqui o deputado José Neto, mas vamos também convidar o deputado Pablo, José de Arimateia, Gabriel Nunes, que teve votos em Feira, para que a gente peça ajuda no sentido de buscar recursos,” disse.

O diagnóstico da bacia do Rio Jacuípe já foi feito, e conforme destacou João Dias ao Acorda Cidade, o problema principal foram as ocupações irregulares.

“O problema principal foram as ocupações irregulares nas Áreas de Preservação Permanente (APPs). As causas que levaram a isso foi a falta de habitação, má distribuição de renda e as consequências são trágicas, porque descartam o esgoto sem tratamento e resíduos nos canais, que são os riachos, e vão para os rios, provocando a contaminação e a poluição da água desses riachos e também de parte do Rio Jacuípe. Matou os ecossistemas e também tá provocando e disseminando doenças causadas por Arbovírus, como dengue, Guillain Barré, chikungunya, entre outros, por isso, é uma situação muito preocupante,” alertou.

Existe a necessidade de realocar algumas famílias da área, explicou João Dias.

“Existe a necessidade de reaclocar pessoas da beira dos riachos, das chamadas APPs, mas a gente sabe que demanda muitos recursos e inicialmente a gente pretende colocar redes para reter os recursos e tentar colocar bactérias vivas nos riachos, para diminuir a população do rio enquanto se discute a questão de como realocar algumas famílias,” abordou.