Gabriel Gonçalves
Com atividades paralisadas nesta terça-feira (26), os ônibus das empresas São João e Rosa, não saíram das garagens durante todo o dia. Por conta da greve por tempo indeterminado dos rodoviários, os utilitários que dependem do transporte coletivo precisaram usar outros meios para se deslocarem.
No final desta tarde, o Acorda Cidade foi acompanhar a situação dos pontos de ônibus e pôde verificar a grande quantidade de passageiros aguardando transportes alternativos para retornarem às residências.
De acordo com a telefonista Ariane dos Santos, moradora do bairro Queimadinha em Feira de Santana, o transtorno maior foi pela manhã sem saber como se deslocar até o final da Avenida Getúlio Vargas.
"Eu moro no bairro Queimadinha, e lá só tem um micro da empresa Rosa que passa de uma em uma hora. Hoje pela manhã foi terrível porque trabalho no final da Avenida Getúlio Vargas e não tinha transporte para esse destino. Depois da paralisação que teve na semana passada, eu já estava preparada para hoje se teria ou não essa paralisação", explicou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
O servidor público Vando Lessa, considerou um absurdo o município de Feira de Santana passar por situações como esta da falta de ônibus, mas destacou a importância dos direitos relacionados aos rodoviários.
"É um absurdo ter que depender assim do transporte público, esperando e não ter nenhum carro. Esse é um meio que utilizamos para nos locomover, é o transporte público urbano de Feira de Santana, e uma cidade como essa não deveria passar por esta situação, mas os rodoviários estão no direito deles, pois é o salário que está atrasado, então tem que pagar os funcionários. Eu moro no bairro Mangabeira e a empresa que roda para lá é Rosa. Hoje, sem os ônibus, nem esses alternativos estão quebrando o galho", disse ao Acorda Cidade.
Esperando por mais de trinta minutos, a servidora pública Fernanda Pereira estava no aguardo de um transporte para o bairro Conceição. Segundo ela, além da falta dos ônibus, não tem como pagar a passagem pelo cartão, apenas em espécie.
"O ônibus que roda lá para a Conceição é da empresa São João, esses ligeirinhos não servem para mim. Eu já tenho mais de trinta minutos aqui sentada e ainda não passou um transporte, ainda mais eu que estou com o cartão do Via Feira, e eles só recebem em dinheiro", explicou.
Caminhando do Conjunto Feira X até o centro da cidade, Viviane Fonseca explicou que para não pagar duas passagens, preferiu ir andando, até pegar um transporte para o bairro Mangabeira.
"Eu vim do Feira X porque não tenho como pagar duas passagens e daqui eu pego uma van até a Mangabeira, todos nós estamos reclamando da falta do transporte, mas ruim com ele, pior sem ele. Amanhã se continuar sem transporte, tenho que pegar um transporte e descer aqui na praça de alimentação e ir andando para o Feira X novamente. Está terrível toda essa situação, uma bagunça total, o povo fica agoniado querendo voltar para casa e o pior que nem tem como pagar no cartão, tem que ser em dinheiro mesmo", finalizou.
Niel Vitório explicou ao Acorda Cidade que ainda estava analisando se iria para casa andando eu se utilizaria um alternativo.
"Estávamos aguardando que a situação fosse resolvida, ontem o sindicato informou que estava tudo 'ok' e quando é hoje, nos deparamos sem ônibus para nos locomovermos. Vamos aguardar até quando ficaremos sem ônibus, hoje nem fui em casa almoçar porque não tinha transporte, tive que almoçar na rua mesmo e agora estou analisando se retorno para casa andando, ou pego um alternativo, mas ficar sem ônibus é difícil", disse.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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