Feira de Santana

Sem médico neurologista disponível pelo SUS, moradora de Feira de Santana sofre a espera por cirurgia

Ela desabafou sobre como é viver nessa situação, sem saber o que fazer para conseguir a cirurgia que necessita.

Maria Lucia
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Há aproximadamente quatro anos, a dona Maria Lucia de Jesus começou a sentir um caroço no braço direito. De lá para cá, esse caroço cresceu, gerando inúmeras dificuldades. Ela já passou por diversas consultas médicas e foi atestado a necessidade de uma cirurgia. Porém, por se tratar de problema que envolve os nervos, esse procedimento cirúrgico precisa ser feito por médico neurologista, que a rede pública de saúde de Feira de Santana não dispõe.

“O médico solicitou os exames, mas quando os exames ficaram prontos, a informação é que a cirurgia estava suspensa no Clériston Andrade. Depois fui a outro médico no Hospital Dom Pedro, mostrei os exames e ele falou que esse caso era com neurocirurgião, mas não tem essa especialidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Feira de Santana. Estou lutando com esse braço, sem conseguir fazer a cirurgia e estou aqui pedindo às autoridades que olhem para a gente com mais carinho e atenção. Como pode uma cidade tão grande como Feira de Santana não ter um neurocirurgião?”, desabafou.

Maria Lucia
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Segundo dona Maria contou ao Acorda Cidade, a cada dia que passa, o caroço cresce mais. Ele já afetou os dedos, braços, inclusive, ela não consegue mais abrir a mão. Atividades simples do dia a dia, como arrumar a casa ou pentear os cabelos, também estão comprometidas.

“Sinto bastante dor no braço, nas mãos, dedos e ombro. Quando estou dormindo que dobro o braço, acordo com o braço todo duro. Tenho que pegar com a outra mão para tirar o braço de baixo da cabeça. Tenho dificuldade para pentear o cabelo, lavar os pratos e pegar peso. Sempre que eu vou ao ortopedista eles passam a fisioterapia, o que alivia um pouco, mas continua tudo doendo”, afirmou.

Ela ainda desabafou sobre como é viver nessa situação, sem saber o que fazer para conseguir a cirurgia que necessita. Com o psicológico abalado, dona Maria conta que atualmente está fazendo uso de medicação para depressão.

“Isso tem afetado minha situação. É muito triste viver assim, fico preocupada, com medo de perder totalmente o movimento da mão, sinto muita tristeza. Espero que eles deem uma providência para eu conseguir fazer minha cirurgia e voltar a ter minha vida normal”.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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