Acorda Cidade
Não vai ter greve dos bancários em Feira de Santana neste ano. Após várias rodadas de negociação, os bancários conseguiram obter propostas dos bancos mantendo os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) por mais dois anos, reposição parcial da inflação e abono. A categoria participou de uma assembleia virtual na noite de segunda-feira (31) e aprovou a aceitação das propostas e o fechamento de acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e os bancos públicos.
Segundo o Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, as negociações com os bancos foram duras e somente depois de 14 rodadas, saiu uma proposta possível de ser fechada. O diretor de Comunicação do sindicato, Edmilson Cerqueira, informou ao Acorda Cidade, que apesar da suspensão por dois anos da possibilidade de greve, a categoria pode realizar paralisações e protestos sempre que necessário para a manutenção destes direitos.
“Foi como no acordo passado. Em 2018 também fechamos acordo coletivo para dois anos e foi até hoje 1º de setembro, que é a data base da categoria. Paralisações e protestos podem ocorrer, dependem muito do comportamento dos patrões no cumprimento ou não do que foi acordado”, explicou.
Ainda segundo o sindicato, a campanha deste ano foi uma das mais difíceis
“Gostaria de, em nome da diretoria do sindicato dos Bancários de Feira, parabenizar todo o Comando Nacional dos Bancários, na pessoa do presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelindo Neto, pela firmeza e determinação e habilidade que conduziram essa campanha, e pela presteza e clareza nas informações, possibilitando aos sindicatos informarem à sua base, quase que instantaneamente, sobre o andamento das negociações, transmitindo aos sindicatos muita confiança. Foi uma grande vitória considerando que estamos num momento em que muitas categorias estão tendo redução de direitos impostos por um governo que ameaça a democracia, não se faz nada para gerar emprego e tem uma verdadeira "obsessão" em privatizar estatais estratégicas para a garantia da nossa soberania. Agora é seguir em frente lutando por melhores condições de trabalho, menos pressões, menos adoecimento da categoria e reforçar a bandeira em defesa dos bancos públicos”, desabafou Sandra Freitas presidenta do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana.