Feira de Santana

Sem água há vários dias moradores da Matinha enfrentam dificuldades e reclamam da Embasa

De acordo com os moradores, as queixas já foram encaminhadas para a Embasa e até o momento não houve nenhuma resolução do problema.

Rachel Pinto

Os moradores do distrito da Matinha em Feira de Santana estão enfrentando muitas dificuldades com a falta de água. Eles relatam que estão há mais de 15 dias nesta situação e contando com ajuda de alguns vizinhos para ter o mínimo de abastecimento.

De acordo com os moradores, as queixas já foram encaminhadas para a Embasa e até o momento não houve nenhuma resolução do problema.

A empresa informou ao Acorda Cidade que o abastecimento em parte do distrito foi prejudicado por recorrentes vazamentos na rede de distribuição, provocados por escavações e movimentação de maquinário das obras de duplicação da BR 324 (sentido Santa Bárbara), e por um problema técnico no equipamento que leva água para algumas localidades.

“As equipes da Embasa estão trabalhando para regularizar o fornecimento de água, mas enquanto isso não ocorre, está enviando carros-pipa para as localidades mais afetadas, para garantir o abastecimento alternativo”, diz a empresa por meio de nota.

O morador Constantino Moreira, contou que mora no distrito desde que nasceu e quando chega o período quente o abastecimento no local fica ainda pior. Segundo ele, o problema da falta de água é frequente e nos últimos dias não tem caído uma gota de água na torneira.

“Estamos sem água para tomar banho, beber e dar aos animais. A salvação é a ajuda dos vizinhos. Na minha casa moram oito pessoas e eu pego dois, três baldes na casa dos vizinhos para ir utilizando. Controlando essa água para poder suportar a falta. A Embasa disse que a rede está em conserto e a gente quer que ela dê uma providência”, frisou.

Ana Paula Carneiro que também mora no distrito, confirmou todos os problemas da falta de água e reclamou que mesmo sem o abastecimento os recibos não param de chegar.

“Eu moro em casa de aluguel, o quintal é pequeno e não tem reservatório. Uma vez eu liguei para a Embasa e disseram para que eu providenciasse um reservatório. Eu não tenho como reservar água. Eu estou pegando com os vizinhos para beber, cozinhar e lavar. Estou pagando em torno de R$30 mesmo sem utilizar a água”, lamentou a moradora.

A moradora Lindinalva Carneiro da Silva já está comprando água para utilizar em sua residência. Sem água na torneira, ela relatou que a cisterna já está praticamente seca e a única alternativa é comprar o produto.

“A Embasa fala que vai resolver o problema e nunca resolve. Não sabemos mais o que é tomar um banho de chuveiro. Meu pai hoje mesmo foi pagar um recibo de R$120. Temos que pagar mesmo sem água, senão eles cortam”, comentou.

Raimundo Nonato é outro morador que está indignado com a falta de água no distrito há tantos dias. Ele acrescentou que até a obra de uma igreja evangélica que está sendo construída no local precisou ser paralisada devido a situação.

“A gente está conseguindo ter um pouco de água através dos vizinhos. Daqui a pouco não vamos conseguir mais porque até a água dos vizinhos está se esgotando também. A Embasa disse semana passada que iria resolver o problema em dois dias e até o momento nada foi feito”, ressaltou.

Assim como a maioria dos vizinhos, Josenilda Pereira está vendo algumas plantas morrerem com a falta de água e a pia da sua cozinha está cheia de louças sujas. A moradora disse que está racionando o pouco de água que tem e pedindo misericórdia a Deus para que o problema seja resolvido.

“Infelizmente a realidade é essa. Muita luta com essa falta de água. Estou pedindo para que resolva e que Deus possa mandar também a água lá do alto”, finalizou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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