Feira de Santana

Selo Unicef: encontro discute prevenção e enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes

O evento reforçou a importância de ouvir crianças e adolescentes em situação de violência.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O encontro “Acolher e proteger: como promover espaços de escuta de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência” aconteceu nesta segunda-feira (29), das 8h às 16h, na Unex localizada na Avenida Artêmia Pires Freitas, em Feira de Santana.

O evento reuniu cerca de 165 profissionais de 50 municípios, entre representantes do Conselho Municipal de Direitos de Crianças e Adolescentes (CMDCA), das secretarias municipais de assistência social e a articuladora do Selo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nos municípios. Os encontros fazem parte das capacitações do Selo Unicef, que conta com 2.023 municípios de 18 estados. Na Bahia, eles acontecem em três municípios polos: Feira de Santana, Salvador e Vitória da Conquista.

Helena Oliveira, coordenadora do escritório da Unicef para Bahia, Sergipe e Minas Gerais, informou ao Acorda Cidade que esta é mais de uma das capacitações com selo Unicef.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“O selo Unicef é uma iniciativa da Unicef voltada aos municípios do semiárido e da Amazônia com o objetivo de colaborar com os municípios no desenvolvimento de suas políticas para a infância e adolescência. Esses encontros fazem parte da metodologia e é onde a gente discute diversos temas de políticas públicas. Neste evento de Feira de Santana, e que amanhã acontecerá em Salvador, nós conversamos sobre a proteção e a prevenção das violências contra crianças e adolescentes. Como prevenir e como desenvolver políticas públicas voltadas à crianças e adolescentes”, explicou.

Lei da Escuta Protegida

Segundo Helena Oliveira, foi discutido o papel da saúde, educação e assistência em prevenir e também em dar respostas à violência quando ela acontece.

“Na perspectiva de como cuidar da criança quando ela é vítima ou testemunha da violência estamos trabalhando no fortalecimento dos município de implementar a lei da Escuta Protegida. Essa iniciativa é um caminho de solução e que contribui para as perspectivas de construir políticas de prevenção, de enfrentamento e de respostas à violência”, apontou.

Helena Oliveira destacou que qualquer lugar é lugar de criança, desde que elas estejam protegidas em ambientes seguros e saudáveis e não sejam os lugares que elas sofreram violências.

Ao Acorda Cidade, a biomédica que atua como assistente social no município de Feira de Santana, Loane Cristine Santos Santana, ressaltou que o evento é importante para aprender sobre práticas de acolhimento e a proteção de crianças.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Eu como articuladora do município, diante do trabalho feito na Unicef, para mim está sendo um evento muito importante A gente acaba de sair do 18 de maio, em que tivemos a campanha nacional do ‘Faça Bonito’, no combate a violência sexual contra crianças e adolescentes, e o evento de hoje trata sobre o acolhimento e a proteção. Estamos discutindo sobre essas temáticas que envolvem a criança e o adolescente e sobre a escuta especializada que é algo muito importante e que o município de Feira de Santana tem trabalhado agora sobre isso”.

Escuta Especializada

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Atualmente as crianças são acolhidas por toda rede, segundo Loane Cristine as crianças contam com o auxílio do conselho tutelar, além do Conselho da Criança e do Adolescente.

“Para além disso tem todo um sistema: a polícia, toda rede de saúde, educação, que faz esse acolhimento com a criança e vai vendo as necessidades dela diante da situação que foi vivenciada. No nosso município temos essa articulação dos setores e isso é bom porque conseguimos fazer esse sistema de garantia”, relatou.

Além disso, Loane Santana falou também sobre a importância de trazer novas ideias e compartilhá-las com outros municípios.

“Crianças e adolescentes são sujeitos de direitos e eles precisam ser ouvidos diante de todas as situações que eles vivenciam, sejam elas situações positivas e principalmente as negativas. Compreender, ouvir as crianças e os seus processos é importante. E isso não é só para gente enquanto servidor, que faz esse sistema de garantia, mas todos: os pais, a família, todos que estão em volta precisam compreender a criança e escutá-la, a fim de dar o que é necessário para ela”, frisou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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