Gabriel Gonçalves
Foi realizada na tarde desta quarta-feira (22) uma reunião entre o secretário de Desenvolvimento Urbano de Feira de Santana, Sérgio Carneiro, e moradores do povoado de Santa Quitéria, para dialogarem sobre a construção do muro de um condomínio, que, segundo os moradores, está invadindo o espaço da rua Marciano.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário explicou que as primeiras documentações enviadas pela construtora ocorreram no ano de 2017, e ao longo desse período, outras construções foram feitas, mas estas pelos próprios moradores.
"Esta empresa apresentou um projeto desde o ano de 2017, dentro dos limites da escritura, porém a cidade é dinâmica e essa área do Papagaio, Santa Quitéria, cresceu muito, e ao mesmo tempo que a empresa tramitava nos diferentes órgãos, como a Sedur e Caixa Econômica Federal, licenciamento ambiental, novas vizinhanças também foram formadas aqui, então podemos observar que hoje muros como estes que estão aqui, lá em 2017, não tinham", disse.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Segundo o secretário, o que ocorreu no início da Avenida Artêmia Pires, não pode se repetir, como a presença de muros de ambos os lados com vias estreitas.
"Se a empresa faz um muro de um lado e do lado de cá há novas construções, isso aqui pode ser uma nova Artêmia Pires, como o paredão que tem de um lado e do outro e isso eu quero evitar. Nós viemos aqui fazer um primeiro contato com a comunidade e dizer que o governo Colbert Martins é um governo do diálogo, não vim tomar parte de nenhum dos dois lados, nós precisamos intermediar e, na próxima sexta, eles já foram convidados para que possamos nos reunir novamente lá na secretaria, inclusive os vereadores que aqui estavam presentes, como o Pastor Valdemir, Galeguinho e o assessor da vereadora Lu de Rony", afirmou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
De acordo com o secretário, até a próxima sexta-feira (24), a obra segue suspensa até que seja dada uma nova definição.
"Essa parte aqui do muro segue suspensa, mas não impede que eles possam continuar o trabalho no restante da construção. Pelo bom senso, recomenda-se que nesta área, não façam nenhuma movimentação, até porque eu já convidei para que, na próxima sexta, possamos conversar novamente. A ideia é que a prefeitura possa fazer o papel de intermediação", concluiu.
O morador Agenilson Moreira informou à reportagem do Acorda Cidade que a comunidade não irá abrir mão da via, pois é o direito que está sendo ferido de ir e vir.
"Nós aceitamos esta reunião hoje como prova de mostrar que estamos abertos ao diálogo, mas dissemos ao secretário que não iremos abrir mão do direito da rua, uma rua há mais de 30 anos, e a empreiteira chegou aqui e fez esse muro por cima da rua, nos colando com uma rua de 3 metros. Queremos o nosso direito de ir e vir e não o direito de ir e vir por uma viela, sem ter acesso dos veículos essenciais como ônibus e segurança", declarou.
Fotos: Paulo José/Acorda Cidade
Ainda segundo Agenilson, a prefeitura necessita intermediar nesta situação, pois a rua como está, foge dos padrões estabelecidos em Lei.
"A Lei Orgânica do município fala sobre a ocupação do solo e para isto, é necessário manter a rua dentro dos padrões, como 10m, sendo 7m para a pista de trânsito e 1,5m de cada lado para o passeio. Nós já recuamos cerca de 5m da nossa calçada e agora estamos aguardando a empreitada cumprir a parte dela. Estaremos indo para esta reunião na próxima sexta para efetivar uma discussão, mas a questão principal é manter a nossa rua, pois isso, não abrimos mão", concluiu.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade