Ações estão sendo realizadas pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos, em conjunto com a de Meio Ambiente, visando uma limpeza da área do Rio Jacuípe, em Feira de Santana. A informação foi dada pelo titular da primeira pasta, Justiniano França, durante uma audiência pública promovida pela Câmara, na tarde de quarta (26), por iniciativa do vereador Ismael Bastos (PL), para tratar sobre a poluição que ameaça rios, lagoas, riachos e nascentes na região. A empresa Sustentare, contratada da Prefeitura para a limpeza pública da cidade, colabora com o serviço.
“Nós vamos conseguir, mas não sabemos por quanto tempo a área vai permanecer limpa”, disse ele. Lembrou que, de acordo com o vereador Jurandy Carvalho (PSDB), uma ação realizada no ano passado retirou cerca de 40 caçambas de lixo da beira do Jacuípe e se o trabalho for feito de novo hoje, já seria possível coletar a mesma quantidade de detritos. Isto acontece, ele diz, devido à falta de preocupação por parte dos munícipes em jogar lixo nos rios e seus afluentes.
Segundo Justiniano França, “de nada adianta serem realizadas ações pelo poder público se não houver consciência por parte da população quanto à preservação dos rios”. Desta forma, ele defende campanhas mais “agressivas” e bem articuladas pelo poder público, para alertar a população sobre a realidade: “Se não seguir a linha de mostrar que a população está morrendo, não vai existir consciência sobre a necessidade de cuidar. Nosso lema precisa estar relacionado à preservação da vida”.
Devido ao estado em que se encontra o Jacuípe, observou Justiniano, os pescadores que tiram o sustento através do rio precisam navegar em torno de 5km para trabalhar, o que torna, consequentemente, o alimento mais caro. O poder público, advertiu Justiniano, não vai “ficar limpando o Rio Jacuípe hoje, amanhã e depois”, encontrando tudo sempre da mesma forma. As pessoas não devem achar, alerta, que o problema se resolve com permanente investimento de recursos públicos: “A conscientização vem em primeiro lugar. Enquanto a população não entender a importância de cuidar dos rios, lagos e lagoas, continuaremos a dar murro em ponta de faca”.
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