Secretário explica subsídio da prefeitura pago às empresas de ônibus; reunião do Conselho vai debater preço da passagem

Vem aumento da tarifa de ônibus por aí? Uma reunião do Conselho Municipal de Transportes será realizada para verificar o equilíbrio entre as passagens pagas e a possibilidade de a prefeitura subsidiar os usuários. O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro, explicou o que é e como funciona esse subsídio.

Segundo ele, um estudo realizado há cerca de um ano e meio verificou que o valor da passagem em Feira de Santana deveria ser de R$ 8. Para que o valor não se torne alto para os usuários, a prefeitura repassa recursos para que as empresas de ônibus consigam cobrir todas as despesas sem aumentar a tarifa.

📲 😎SEJA VIP: Siga o canal do Acorda Cidade no WhatsApp e receba as principais notícias do dia.

“Esse subsídio da prefeitura não representa doar dinheiro aos empresários, pelo contrário, é para permitir que pessoas sem condução própria, como trabalhadores e idosos, acessem o sistema. O subsídio é dado para garantir o direito de ir e vir dessas pessoas. O sistema tem um custo próprio por causa dos veículos adquiridos, óleo diesel, manutenção, troca de peças e salários dos trabalhadores. Como o sistema é voltado para pessoas de baixa renda, as reuniões verificam quanto a prefeitura pode pagar para que elas acessem o sistema”, explicou o secretário em entrevista ao Acorda Cidade.

De acordo com Sérgio Carneiro, há uma determinação legal para que os reajustes das tarifas de transportes ocorram anualmente, pois a ausência dessa correção, como durante a pandemia, quando dois anos passaram sem reajuste, resulta em aumentos maiores.

“Quando o reajuste é anual, o percentual de aumento é menor. Atualmente, são mais de um ano e meio desde o último reajuste. Houve uma decisão política de não aplicar o reajuste em Feira de Santana, e a prefeitura cobre essa diferença. No estudo realizado há um ano e meio, a tarifa era oito reais, mas o público paga R$ 4,75, os estudantes R$ 2,35 e os idosos viajam gratuitamente, pois a prefeitura paga por eles. O dinheiro administrado pela prefeitura é destinado ao sistema em nome dos trabalhadores”, afirmou.

O secretário defendeu que a mobilidade é um direito da população que deve ser assegurado. “As pessoas que não têm condução própria precisam trabalhar para sustentar a si mesmas e suas famílias. Os estudantes precisam chegar à sala de aula, pois a educação é o principal meio para progressão pessoal, profissional, social e financeira. Precisamos garantir ao usuário a possibilidade de se mover na cidade, o direito de ir e vir”, destacou.