"São pais e mães de família sem salários", afirma diretora do Sindsaúde após atrasos em pagamentos

A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (SindSaúde), Dart Clair Cerqueira, esteve nesta terça-feira (12) na Câmara Municipal de Feira de Santana para pedir o apoio da Casa legislativa com relação aos salários atrasados na área de saúde no município.

“Eu estou aqui hoje para mais uma vez pedir o apoio desta Casa, porque os profissionais de saúde que estão trabalhando no município são terceirizados e estão mais uma vez com salários atrasados. A gente não tem nenhum retorno nem do prefeito nem da Secretária de Saúde de quando será pago o mês de setembro em que eles trabalharam sem contrato. Além disso, nesse momento a IGM que ficou apenas dois meses já deu baixa na carteira de profissionais. Eles pagaram apenas os dias trabalhados pelo contrato assinado no mês de outubro. Então, eles não estão com dívida com esses trabalhadores, mas, a partir de agora, como é que vão ficar esses profissionais trabalhando? Quem é que irá pagar eles? Quem entrou no lugar da IGM? Não tem nenhuma posição e mais uma vez eles estão trabalhando sem contrato”, informou Dart Clair.

A empresa terceirizada IGM que entrou no lugar da IMAPS deu baixa na carteira desses profissionais, segundo a diretora do Sindicato.

“Queremos saber por que a empresa que entrou recentemente está rescindido o contrato com esses profissionais. A gente não tem nenhuma posição de como é que eles agora irão receber seus salários, décimo terceiro e infelizmente é mais uma vez o prejuízo que está sendo dado ao bolso desses pais e mães de família. Além disso, até o momento, mesmo com todos os repasses do Governo Federal, o piso salarial da enfermagem ainda não foi pago. Então, sem retorno, são três perguntas que nós estamos deixando aí para a Secretária de Saúde e para o Prefeito responder: – Quando será pago o piso salarial da enfermagem? Quando eles irão receber seus salários do mês de setembro que trabalharam sem contratos? E como é que eles irão receber os seus salários agora, já que estão sem contrato novamente?”, questionou a diretora do SindSaúde.

Ao Acorda Cidade, Dart Clair informou que não possui uma média do quantitativo afetado, isso porque, há profissionais contratados por três empresa terceirizadas: a INSV, Confiança e IGM.

“Precisa explicar o motivo do atraso e dar uma posição de como é que vão ficar esses trabalhadores mais uma vez trabalhando nessas unidades, fazendo seu papel. Nós estamos novamente numa crise de COVID, reiniciando. E eles precisam pelo menos ter uma saúde mental para conseguir trabalhar. Estão desesperados, são pais e mães de família, sem salários e sem poder se sustentar”, frisou.