Laiane Cruz
Os trabalhadores do sistema de transporte público de Feira de Santana planejam cruzar os braços na próxima segunda-feira (7), caso o pagamento do salário do mês de maio não seja depositado nesta sexta-feira (4).
De acordo com o presidente do sindicato dos Rodoviários, Alberto Nery, as empresas não efetuaram o pagamento do vale dos salários, que é feito todo dia 20, e já venceu a segunda quinzena.
“Nós já publicamos o estado de greve e a partir de segunda-feira os trabalhadores estarão cruzando os braços, porque afinal de contas ninguém trabalha de graça, e os trabalhadores têm compromissos a honrar junto aos seus familiares e sobrevivem do seu salário. Dia 20 a empresa não pagou. Hoje teria que pagar, pois é o dia que antecede ao dia 5 e pelo que está desenhado não vai sair o pagamento até segunda-feira. Então os trabalhadores só vão rodar após receberem os seus vencimentos”, afirmou o representante da categoria.
Alberto Nery destacou que já tentou negociar junto às empresas uma conciliação para que pudesse ser resolvido e entrou também em contato o Ministério Público do Trabalho (MPT) pra que pudesse entrar nessa conciliação, e o órgão agendou uma reunião para segunda-feira (7).
Ainda segundo ele, o sindicato entrou em contato com o prefeito Colbert Martins, a fim de buscar uma solução para o problema do transporte público do município.
“Apenas conversei com o prefeito, porque ele é o gestor da cidade, ele é responsável pelo sistema de transporte que opera no município, então fizemos contato para que pudéssemos sentar à mesa para encontrar uma alternativa. Agora, se tem algum direito ou não para receber é um problema da classe patronal junto ao poder público. Ele disse que estava conversando com a classe patronal e estava aberto para sentar com o sindicato, para encontrar uma alternativa. Não para o pagamento desse mês, mas para o sistema de transporte de Feira de Santana. As empresas alegam que estão com dificuldade financeira de honrar seus compromisso. Aí cabe uma auditoria para saber se eles estão quebrados ou não.”
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.