O terminal rodoviário de Feira de Santana registrou uma movimento intenso na manhã desta quarta-feira (22). Algumas pessoas estavam deixando a cidade para retornar aos seus locais de origem, após terem passado o feriadão de Carnaval em Feira para descansar e rever parentes e amigos.
Uma dessas pessoas foi a técnica de enfermagem Elizângela Ferreira, que reside na capital baiana. Em entrevista ao Acorda Cidade, ela contou que preferiu passar o final de semana em Feira e fugir da folia carnavalesca.
“Nunca gostei de Carnaval, apesar de ser uma bagunça organizada. Moro em Salvador desde que nasci, há 41 anos, mas prefiro sair sempre. Não gosto muito de festa, e aproveitei pra descansar em Feira. Não acompanhei nada da festa, nem pela televisão”, relatou à reportagem.
No sentido inverso, muitas pessoas retornaram também para Feira de Santana nesta quarta, inclusive muitos vendedores ambulantes, que se deslocaram para a capital para trabalhar no Carnaval.
Monalisa da Silva, vendedora ambulante há 5 anos, levou quatro caixas de isopor para ganhar uma renda extra na folia, mas se decepcionou com o resultado das vendas, além de ter enfrentado muitos perrengues no circuito da festa.
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“Trabalhei como ambulante, vendendo cerveja no Campo Grande. Levei bastante, mas o movimento foi mais ou menos, esse ano foi fraco, atrasou muito, e a cerveja que eu levei nem todo mundo gosta. O ‘rapa’ incomodou esse ano, levaram minha mercadoria presa, porque eu estava com isopor vermelho e não podia. Acabou quebrando, porque não podia trabalhar com isopor. E pra conseguir um isopor lá tinha que comprar 1.700 reais para ganhar. Foram de 7 a 8 dias dormindo no meio da rua e no chão”, relatou a vendedora.
Além de Monalisa da Silva, viajaram junto com ela o marido e a amiga para vender bebidas no Carnaval. Agora, de acordo com a ambulante, é esperar pela Micareta de Feira. “Agora é esperar a Micareta para vender muito e ganhar dinheiro, se o prefeito colocar bandas boas, como Psirico, Thiago Aquino, até Jorge e Matheus, e se for organizado.”
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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