Feira de Santana

Robôs motorizados começam a vistoriar redes de drenagem em Feira de Santana

Uma equipe de técnicos está no local para fazer o monitoramento, com o apoio da Soma.

Robôs motorizados
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Com o propósito de vistoriar as principais redes de drenagem subterrâneas de Feira de Santana, robôs motorizados começaram na manhã desta sexta-feira (2), a localizar pontos de obstrução após as recentes chuvas no município.

O investimento é R$ 20mil a cada quilômetro rodado. De acordo com informações obtidas pelo Acorda Cidade, a vistoria deve acontecer em 8 quilômetros das redes de drenagem.

A primeira ação foi na Rua Monsenhor Moisés Gonçalves do Couto, no bairro Campo Limpo. Uma equipe de técnicos está no local para fazer o monitoramento, com o apoio da Superintendência de Operações e Manutenção (Soma).

Robôs motorizados
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

O Acorda Cidade conversou com o Superintendente da Soma, o engenheiro João Vianney, que deu detalhes sobre a ação. De acordo com ele, além do bairro Campo Limpo, outros bairros que tiveram problemas de alagamento serão analisados através dos robôs.

“Na verdade, o equipamento vai sendo adaptado de acordo com o diâmetro da rede, a condição de obstrução. Então é um robô para fazer uma vídeo-expressão. Ele vai fazendo toda essa referência da condição de integridade da rede, obstruções que ela tenha e aí vai fazendo esse mapeamento de extensão, de localização. Vai ser muito importante para esse diagnóstico em toda a extensão. Não só aqui da Rua Monsenhor Moisés do Couto, como várias redes do Campo Limpo. Vamos fazer uma análise no Feira VII, vamos fazer uma inspeção também na linha do BRT para fazer uma análise, além toda a drenagem na Rua Sampaio. Então, é um trabalho muito importante, que para a inspeção das equipes, especialmente menores diâmetros que é muito complicado. Esse robô é uma ferramenta importantíssima”.

Engenheiro João Vianey
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

O equipamento consiste em uma espécie de “carro”, com uma esteira vinculada às rodas, que facilita o deslocamento dentro da rede subterrânea. Assim que o robô adentra o espaço, ele inicia as imagens através de uma câmera, que identifica os pontos de obstrução na via.

“De fato é um robô, tem uma esteira que permite a condição de tráfego dele, mesmo no lugar que esteja com a rede com material sedimentado. Ele tem câmera, faz uma video-expressão, toda a extensão da rede, a gente vai tendo a referência dela e a imagem completa, como eu disse, para avaliar a integridade do material, o rejuntamento, que é muito importante e possíveis interferências que a rede tenha. A esteira no equipamento é para facilitar. Isso porque, provavelmente, em alguns locais com alguma obstrução, você tem lama dentro, você tem material e esse tipo de esteira que tem, ela consegue trafegar, mesmo com pedra, mesmo com a condição de lama sedimentada”, disse João Vianey.

Robôs motorizados
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Ainda segundo João Vianney, os robôs têm a capacidade de substituir a inspeção humana que muitas vezes, não consegue entrar em alguns locais. Essa, de acordo com o engenheiro é uma uma evolução tecnológica na realização de inspeções de rotina.

“Substitui uma inspeção humana, de entrar num posto de inspeção, fazer uma avaliação. Como eu disse, redes de menor diâmetro, nós não conseguimos fazer inspeção. Em muitos momentos a gente, numa obstrução, leva o hidrojato, fazemos a desobstrução e nessa condição a gente consegue não só desobstruir, mas fazer uma avaliação, ao mesmo tempo a gente avalia a integridade da rede, dos rejuntamentos. Então é uma ferramenta importantíssima no diagnóstico das redes de toda a extensão do município. Eu particularmente não conhecia. No aspecto de rodovia, nós já fizemos várias avaliações em outras localidades. Isso é utilizado muito em redes, concessões rodoviárias, têm um uso muito longo e finalmente a gente conseguiu trazer aqui, conseguimos viabilizar um contrato e agora vamos ter essa rotina de fazer inspeções em várias redes, inclusive ajudando o planejamento nosso de intervenções, substituição de rede. Vai ser uma ferramenta muito importante nesse gerenciamento da drenagem da cidade”, destacou.

Robôs motorizados
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

O engenheiro civil ainda finalizou justificando a escolha do bairro Campo Limpo para ser o pioneiro das ações com o equipamento na cidade.

“Na verdade, a gente tem um mapeamento em vários pontos, mas essa rede da Moisés do Couto, que ela segue da Baraúnas até a Avenida de Canal, em vários momentos, nas inspeções que a gente foi tendo nos momentos de chuva, nós detectamos que a rede não tinha uma condição de vazão linear. Em alguns trechos, a rede estava com escoamento limitado, em outras redes, estava cheia. Então, é um sinal claro de que há obstruções na extensão dela, essa inspeção é importante para que a gente possa identificar essas possíveis obstruções ou a ruína de algum segmento da drenagem para esse planejamento nosso de recuperação”.

Morador da Rua Monsenhor Moisés Gonçalves do Couto, o motorista aposentado João Lima Aragão observou o início das ações e comentou que espera uma melhoria mediante os alagamentos presenciados no último fim de semana no bairro.

“Vim para ver se o robô desobstrui as ruas mesmo, já que está tudo entupido. Eu gostei do robô, vou ver se ele realmente descobre o lugar que está tapado. Se ele desobstruir tudo, eu digo que o bicho é bom mesmo, se não for, eu desaprovo. Parece um tratorzinho, tem esteira e tem câmera”, finalizou.

Leia também: Redes de drenagem de Feira de Santana serão vistoriadas através de robô após chuvas

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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