Um dos encontros do “Ciclo de Encontros Regionais de Revendedores de Combustíveis da Bahia” ocorreu na manhã desta quinta-feira (9), no Spazio Eventos e Convenções, na Avenida Noide Cerqueira, em Feira de Santana.
Organizado pelo Sindicombustíveis Bahia, o ciclo de encontros ocorre ao longo do ano, em diferentes regiões do estado, e é o principal evento aglutinador dos maiores agentes do setor de combustíveis do Estado.
O presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus Freitas, informou ao Acorda Cidade, que o encontro consistiu em agregar os revendedores para um debate perante os órgãos fiscalizadores, abordando as falhas cometidas na revenda de combustíveis e como corrigi-las. No evento também houve palestras sobre o mercado de ações, a regulação e a importância da amostra-testemunha, técnicas de vendas e outras.
“Nós tivemos a oportunidade de conhecer qual a falha maior que o revendedor comete perante aquele órgão, e aí debatermos como a fiscalização entende essa falha, o que nós vamos fazer para corrigir. Quais as principais falhas que o senhor se refere? As falhas às vezes são uma aferição. Ele tem que ter o lacre do Ibametro em dia, por exemplo, e não pode estar vencido, existe o prazo de validade, o recolhimento do cola carfora, do óleo queimado, da caixa de lubrificante, enfim são todos esses cuidados que ele precisa ter e nós estamos sempre estar reforçando”, disse.
ICMS
De acordo com Tannus, os revendedores de combustíveis são os responsáveis por aproximadamente 25% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do estado da Bahia.
“Uma das plenárias que foi apresentada, inclusive a primeira, era exatamente sobre sonegação de imposto. O estado, com toda razão, vem em cima do posto fiscalizar para ver se tem sonegação. Quando a sonegação não acontece no posto, pode acontecer na cadeia, então, isso é importante para o revendedor entender como acontece essa sonegação, para ele também não ser penalizado por uma falha anterior a ele”, explicou.
Sobre o novo aumento da alíquota do CMS, aprovado onde na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o presidente do sindicato reiterou que vai impactar no preço dos combustíveis.
“Infelizmente nós tivemos um aumento de CMS, há aproximadamente 60 dias. Vamos ter outro no dia primeiro de fevereiro de 2024. E é claro que isso impacta no preço. Quando ele baixa, o preço baixa, e quando ele sobe, a carga tributária sobe, a tendência é o preço subir. O que aliviou esse momento foi que com a guerra da Ucrânia, arrefeceu o preço do barril do petróleo, e o dólar caiu, então, isso acabou contribuindo para uma queda acentuada do preço do produto nos últimos dias”, disse.
Aumento e redução do preço
Sobre a oscilação no preço dos combustíveis, ele disse que é normal.
“Quem viaja sabe. Você vai para os Estados Unidos, o preço oscila, você vai para a Europa, para a Inglaterra, qualquer país do mundo isso acontece. O preço não é controlado, o preço é livre. Se o revendedor tiver uma oportunidade de comprar um produto mais barato, ele imediatamente passa isso para o consumidor”, informou em entrevista ao Acorda Cidade.
Sobre a qualidade do combustível, Tannus garante que o índice de não conformidade hoje no Brasil, é comparado ao da Europa. “Nós temos um índice de não conformidade muito baixo, em particular na Bahia. O Brasil teve, algum tempo atrás, em São Paulo, nos últimos 60 dias, um advento que não chegou aqui na Bahia ou pelo menos não foi noticiado, que é o advento do metanol, o metanol mata. Foi identificado o metanol em São Paulo porque alguns moradores de rua consumiram o etanol, beberam o etanol e acabaram morrendo, porque compraram no posto de gasolina o álcool, né, e morreram. Depois foram ver o que foi, foi o metanol ingerido. Então, graças a Deus nós não temos esse problema na Bahia”, destacou.
Ele finaliza destacando que, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o combustível vendido na Bahia é de excelente qualidade. Mais de 400 pessoas participaram do evento, entre os trabalhadores, revendedores, empresários e expositores.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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