Nesta Sexta-feira da Paixão, 18 de abril, os católicos de todo o mundo celebram um dos momentos mais solenes da fé cristã: a memória da paixão e morte de Jesus Cristo. Em Feira de Santana, o pároco da Catedral Metropolitana de Sant’Ana, Padre Paulo Tarso, reforça o chamado à oração, ao silêncio e à prática do jejum, especialmente neste ano de 2025, em que a Igreja vive o Ano Jubilar — um tempo sagrado de renovação espiritual e celebração da misericórdia divina.
“O Ano Jubilar é um período de graça e reflexão, celebrado a cada 25 anos na Igreja Católica. Sua origem remonta à tradição judaica, quando, a cada 50 anos, era comemorado o jubileu com atos de libertação: os escravos eram soltos, as dívidas perdoadas, as terras devolvidas”, explica o sacerdote. “Na Igreja, esse tempo foi instituído em 1300 pelo Papa Bonifácio VIII e, com o tempo, passou a ser celebrado com maior frequência, como vivemos agora.”
Neste contexto especial, o pároco destaca que as celebrações da Semana Santa ganham um significado ainda mais profundo. “É a semana maior da nossa fé, quando vivemos intensamente os últimos momentos de Jesus. Na Sexta-feira da Paixão, recordamos sua entrega na cruz, o amor sem medida que se traduz em salvação”, afirma.
Ele também lembra que este é um dia reservado ao silêncio e à introspecção, contrastando com comportamentos que se distanciam do espírito da data. “A Igreja orienta os fiéis à oração e ao jejum. No entanto, muitas pessoas, por falta de conhecimento ou descuido, transformam o dia em ocasião de festas e confraternizações, o que contradiz completamente o sentido da Sexta-feira Santa.”
O jejum, segundo o pároco, é uma prática tradicional da Quaresma e assume um valor ainda maior nesta data. “É uma forma de nos unirmos ao sacrifício de Cristo, de relembrar sua paixão com reverência e gratidão”, ressalta.
Reconhecendo que nem todos compartilham da mesma fé ou vivência religiosa, Pe. Paulo Tarso destaca, porém, que o dia ainda é amplamente respeitado. “Sabemos que nem todos são católicos, mas ainda percebemos um valor simbólico importante neste dia. Para quem crê, é uma oportunidade profunda de renovação espiritual.”
Por fim, o sacerdote deixa uma mensagem à comunidade: “Convido todos a mergulharem neste mistério de amor, na paixão e morte de Jesus, mas também na esperança da ressurreição. É um tempo de graça, em pleno Ano Jubilar, para que possamos renovar nossa fé e sermos instrumentos da misericórdia de Deus no mundo.”
Com informações da jornalista Iasmim Santos do Acorda Cidade
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