Canteiro de obras

Refeição estragada leva mais de 300 operários da R.Carvalho à Policlínica

O desespero de trabalhadores que atuam em obras no bairro mangabeira foi acompanhado pela Equipe do Programa Acorda Cidade que flagrou o momento em que alguns operários passaram mal. Confira as fotos.

Andréa Trindade

Atualizada as 11:30

Mais de 300 operários passaram mal horas depois de almoçarem ontem (16) no canteiro de obras da R. Carvalho construtora, no bairro no bairro Mangabeira, em Feira de Santana.  Em repúdio a alimentação oferecida, centenas de operários realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (17), no local de trabalho no momento em que mais colegas sentiram-se mal. (ouça o áudio no podcast abaixo da imagem).

Três deles foram encaminhados em um veículo Pick up em estado grave e outros foram levados por uma ambulância do SAMU para receberem atendimento médico na policlínica do bairro George Américo. (veja as fotos abaixo).

De acordo com Carmem Novaes, gerente administrativa da policlínica, os primeiros pacientes começaram a ser atendidos por volta das 7h30 da manhã. A equipe de médicos, enfermeiros e da vigilância sanitária precisou ser reforçada.


Esta é a terceira vez que o caso se repete com trabalhadores que prestam serviço a mesma empresa. No último dia 26 de agosto cerca de 50 homens foram atendidos em duas policlínicas da cidade com sintomas de intoxicação alimentar horas depois do almoço.

A causa

O operário Roberto Lima Babosa, 29 anos, disse que começou a sentir-se mal três horas depois que comeu feijão, arroz, macarrão e carne. Com sintomas de diarréia e fortes tontura Roberto se desequilibrou enquanto andava e quebrou o nariz.

Segundo Thais Peixoto, técnica do setor de DTA (Doenças transmissíveis por Alimentos), será realizada uma investigação em 100% dos casos. Os pacientes farão exames laboratoriais e algumas amostras serão encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) em Salvador.  Ela disse ainda que baseado nos sintomas descritos pelos pacientes e pelo fato de que “todos se alimentaram pelo mesmo veículo”, tudo indica que o problema tenha sido causado, mesmo pela alimentação. O resultado dos exames deve sair em cinco dias.

Um dos manifestantes informou que cerca de 1600 pessoas trabalham na obra e que até uma agulha já encontrada dentro da farinha. A construtora ainda não se posicionou sobre essa nova ocorrência. (Com informações do repórter Ed Santos e Paulo José, do programa Acorda Cidade).
 

Fonte: Acorda Cidade

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