Daniela Cardoso
A Câmara Municipal de Feira de Santana aprovou um projeto que faz a correção na Planta Genérica de Valores da cidade e com base nisso foi calculado o reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Em Salvador também houve um reajuste, o que gerou a reação de diversos setores, e o assunto foi parar na Justiça. Se esse fato ocorrer em Feira de Santana, o prefeito José Ronaldo de Carvalho garante que a prefeitura está preparada para esclarecer as informações necessárias sobre o reajuste.
Segundo Ronaldo, o reajuste é uma necessidade. Ele explicou que um imóvel que em 2001 valia 100 mil reais, atualmente pode estar valendo 1 milhão de reais, e por isso, a necessidade da correção do imposto.
"O que fizemos foi uma reavaliação do imóvel. Passamos mais de um ano fazendo esse estudo, pesquisando com extremo critério. Discutimos com todos os segmentos organizados da sociedade, na Câmara Municipal. Apresentamos à imprensa, fizemos debates, e inclusive foi apresentado à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Temos consciência de que não estamos cobrando acima do que cada um tem a pagar", ressaltou.
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José Ronaldo exemplificou que um imóvel avaliado em 4 milhões de reais paga menos imposto que uma Hilux nova. Segundo ele, o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) desse veículo custa cerca de 4 mil reais. "Uma Hilux custa em torno de 150 mil reais. Um imóvel de 1 milhão de reais não vai pagar os 4 mil reais que se paga pelo imposto de uma Hilux, paga menos", destacou.
O prefeito lembrou ainda que foi divulgada recentemente uma matéria jornalística nacional, informando que Feira de Santana está entre as cidades que menos arrecadam o imposto, ficando em penúltimo lugar no ranking. José Ronaldo disse que se alguém reclamar de valores, pode ir até à secretaria da Fazenda para conversar sobre o assunto.
"No bairro Rua Nova, por exemplo, mais de 90% das residências não pagarão IPTU. Na Queimadinha mais de 90% também não pagarão o imposto, assim como a comunidade do Campo do Gado Novo", destacou. Os carnês em Feira de Santana ainda não foram distribuídos.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
