Queimadas na Lagoa do Prato Raso preocupam moradores do bairro Queimadinha em Feira de Santana

Segundo moradores, há quase uma semana, a Lagoa do Prato Raso, em Feira de Santana, tem sido afetada por incêndios que atingem a vegetação ao redor do local. A suspeita é de que as chamas sejam resultados da queima de lixo, já que a área é frequentemente utilizada para descarte irregular de entulho, além de ser alvo da prática de queima de fios para extração de cobre.

No dia 17 de novembro, um incêndio de grandes proporções destruiu um bar e restaurante na Avenida Fraga Maia. Informações apuradas pelo Acorda Cidade indicam que o fogo teria iniciado em um terreno próximo à Superintendência Municipal de Trânsito (SMT). Com os fortes ventos, fagulhas foram levadas para o outro lado da pista, atingindo o restaurante.

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Denúncias e reclamações sobre queimadas irregulares também são frequentemente encaminhadas à produção do Acorda Cidade, especialmente em locais onde há descarte irregular de resíduos. A situação se agrava diante do período de estiagem que a cidade enfrenta. Recentemente, o governo federal reconheceu a situação de emergência em Feira de Santana devido à seca prolongada.

Queimadas na Lagoa do Prato Raso

A reportagem do Acorda Cidade conversou com David Pereira de Oliveira, morador da Rua Alcides Fadigas, no bairro Queimadinha. Ele solicitou a presença da equipe para relatar os impactos das queimadas na Lagoa do Prato Raso.

David afirmou que os incêndios começaram no início de novembro e têm gerado transtornos diários aos moradores.

“Desde o dia 8 que a gente vem sofrendo com a fumaça, devido a essas queimadas, e o fogo vai e retorna novamente. Não houve um controle ainda, continua pegando fogo, inclusive a fumaça está prejudicando ainda muitos moradores”, disse.

Segundo ele, os moradores estão enfrentando problemas de saúde e dificuldades para sair de casa devido à fumaça.

“Roupa fedendo a fumaça, a gente não pode lavar uma roupa e deixar no varal, ardência nos olhos, dor de cabeça, náuseas, tonturas, tudo isso a fumaça tem causado na gente. Inclusive, duas noites já tivemos que sair, eu, minha esposa e meu filho, dormir na casa da minha cunhada por conta da fumaça”, explicou.

David informou que entrou em contato pelo 156, mas não conseguiu respostas. Ele também tentou utilizar o aplicativo oficial da prefeitura, mas não encontrou uma opção para registrar o problema.