Representantes de provedores de internet que atuam na região de Feira de Santana se reuniram no final da manhã desta sexta-feira (22) em um restaurante da cidade, para elaborar um plano de ação com medidas preventivas, documentação e investigação das possíveis causas dos incidentes que vêm sendo registrados em postes da cidade.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o presidente da Associação de Provedores de Internet da Bahia (ProBahia), Otho Santana, informou que muitas empresas estão sendo notificadas por conta dos incêndios, mas destacou que os materiais utilizados pelas empresas não conduzem eletricidade.
“A princípio, está sendo anunciado que a causa destes incêndios que estão acontecendo em alguns postes daqui de Feira de Santana são causados por conta dos provedores de internet, e por conta disso, decidimos nos reunir no dia de hoje para trazer às entidades e para a própria sociedade que os cabos de fibra óptica não possuem nenhum tipo de condutividade. Então o que é que acontece? Por algum motivo, a ligação foi feita, seja de algum refletor, de braço de luz, uma corrente alternada, pode ter centelhado e, por conta disso, pode ter pegado fogo nos cabos de internet. Então queremos fazer um levantamento, e estamos buscando uma empresa de engenharia elétrica para que possamos ter laudos em mãos, e que assim possamos identificar quem realmente são os causadores destes incêndios”, pontuou.
Segundo o presidente, estes constantes incêndios não afetam apenas as empresas, mas também os próprios clientes.
“Quando a fibra pega fogo, e isso é possível ver em alguns vídeos, que ela rapidamente queima, é porque ali é plástico. Então os bairros ficam sem internet, quando não for isso, também fica sem energia elétrica, porque a Coelba precisa fazer o processo de desligamento daquela rede para fazer a manutenção, e isso pode levar de 24h até 48h para que seja resolvido. Não é simplesmente chegar no local, trocar o cabo ou fazer uma emenda, porque esse tipo de material não permite fazer isso. É necessário que a empresa faça toda a troca daquele cabo, faça a religação da caixa de provedor, sair puxando pelos postes, até que tenha a internet reestabelecida”, explicou.
De acordo com Otho Santana, incêndios como estes não são vistos com tanta frequência em outros municípios da Bahia.
“Os casos aqui em Feira de Santana estão aparecendo com bastante frequência. Existem situações como estas em outras cidades, mas não é desta forma. O que nós podemos perceber também é que as empresas que estão iniciando neste ramo já estão utilizando fibras, por se tratar de um material mais barato no investimento, outras estão realizando a migração, então é necessário que tudo seja investigado”, afirmou ao Acorda Cidade.
Questionado sobre as trocas das luminárias por LEDs no município, o presidente da ProBahia, Otho Santana, avaliou que o equipamento pode não ter relação com os incêndios, e sim, como foi feito o procedimento.
“Existem várias suspeitas neste momento, e por isso que estamos contratando uma empresa de engenharia elétrica para avaliar e nos trazer um laudo. Mas com relação aos LEDs que foram implantados aqui na cidade, pelo contrário, o LED diminui a carga de eletricidade, usa menos potência. Talvez o procedimento de colocação do braço que pode estar relacionado com isso, mas realmente, só através das investigações que iremos ter uma resposta concreta sobre isso”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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