Protesto de moradores do bairro Aviário interdita BR-324; rodovia já está liberada

^{Andrea Trindade}

Atualizada às 8:19

Os moradores do bairro Aviário em Feira de Santana interditaram os dois sentidos da BR-324, na entrada do bairro, na manhã desta segunda-feira (10), por mais de uma hora e meia. O bloqueio causou um longo congestionamento e apenas veículos serviços de emergência estavam passando. Segundo a ViaBahia o congestionamento foi de 10 km. A pista foi liberada por volta das 8h15 após negociação entre os moradores e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Rondesp Leste.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Os moradores protestam contra diversos problemas no bairro e pedem pavimentação de ruas e calçadas, obras de drenagem, creche e policlínica. 

O morador Valdinel Ferreira disse ao Acorda Cidade que vários ofícios relatando a situação do Aviário já foram enviados para a prefeitura, mas até o momento os moradores não tiveram as reivindicações atendidas. Ele informou também que bloquear uma via importante como a BR-324 foi a forma que encontraram para chamar a atenção da gestão municipal.

“A gente está aqui reivindicando melhorias a problemas que já foram reclamados por muito tempo. A gente tem duas obras aqui já liberadas com mais de dois anos e não foram executadas, entre outros problemas desde saúde a pavimentação, falta drenagem em ruas e casas sendo invadidas pela água da chuva. São problemas informados há mais de cinco anos tanto do Aviário 1 quanto na comunidade de Boa Esperança, no Conjunto Paulo Souto. A Rua Pau Pombo está intransitável, a Rua da Klabin, que tem verba liberada no Pacote Nova Feira 2 em 2019 e não foi executada até hoje, a Rua da Mercante também”, reclamou.

Valdinel disse também que a faixa com a frase: ‘’o Aviário Acordou’’ reflete a indignação da população e o descaso que o bairro sofre por muitos anos.

“Vários ofícios já foram enviados, de várias pessoas e nenhuma resposta do prefeito. Não dá para viver mais no descaso, com a lama passando, com o esgoto passando na nossa porta, com buracos que impedem os ônibus passarem, um posto de saúde que não consegue atender a população do Aviário I, 2, 3 e 4, a comunidade Boa Esperança e o conjunto Paulo Souto. Não dá para aceitar isso mais. A marcação de exames leva mais de um mês e a quantidade de vagas é insuficiente, além de faltar remédio”, destacou.

Os moradores enviaram uma nota via e-mail com a pauta de reinvindicação. Confira:
 

Bom dia produção

Depois de inúmeras reclamações como o exemplo (https://m.acordacidade.com.br/noticias/162260/moradores-reclamam-das-condicoes-de-ruas-do-bairro-aviario.html) , entramos em contato com a prefeitura por meio de ofício solicitando as melhorias de tráfego e o passeio e pavimentação da estrada da Marafona – Aviário que é conhecida como estrada da Klabin e como estrada do IFBA. O prefeito não deu retorno.

Posteriormente tendo em vista a eminência do protesto que estava sendo organizado no bairro por moradores nas redes sociais, mais uma vez entramos em contato com a prefeitura por meio de ofícios solicitando uma audiência com os moradores representantes do Aviário, visando mediar o conflito e evitar uma manifestação nesse cenário de pandemia, e a resposta foi a mesma. Todos esses anos para o bairro do Aviário, a resposta foi o silêncio e negligência da prefeitura. O movimento só vem crescendo e juntos então trazendo suas necessidades de suas localidades, que vão desde: casas constantemente invadidas por água por falta de pavimentação e drenagem, até iluminação pública, passando por atendimento insuficiente no posto de saúde, falta de remédios, número insuficiente de vagas para cotas, esgoto corrente no meio da rua.

Pauta da Manifestação

1.Pavimentação e passeio e drenagem da estrada da Marafona – Aviário que é conhecida como estrada da Klabin e como estrada do IFBA.
Liberada em 2019 e nenhuma ação até então. Noticiada pelo Acorda Cidade (https://m.acordacidade.com.br/noticias/218987/novo-pacote-de-obras-vai-contemplar-zonas-urbana-e-rural-de-feira-veja-bairros-e-distritos-contemplados.html ) e nunca foi tomada nenhuma medida.