Acorda Cidade
Dentro de alguns meses, agricultores familiares de Feira de Santana passarão a oferecer produtos orgânicos aos consumidores locais. É o objetivo de projeto que está sendo desenvolvido pela Secretaria Municipal de Agricultura do qual já participam dois grupos que estão sendo mobilizados e que contam com orientação técnica especializada.
A iniciativa prepara os produtores para a agricultura do futuro próximo – uma mudança de mentalidade no sistema até agora vigente, que está baseada em produtos sadios, livres dos defensivos químicos. A meta é o selo de orgânico.
O Selo de Inspeção Municipal (SIM) acompanha o desenvolvimento do projeto. Será o órgão que vai coordenar todo o processo de certificação orgânica das propriedades rurais de onde sairão frutas, legumes e verduras que serão levados às feiras livres de adubos e defensivos químicos.
Mobilização dos agricultores
O planejamento é uma das quatro etapas do projeto – as outras são instrução, organização e produção. O agrônomo Mário Silva, especializado em orgânicos, foi contratado pela Seagri para orientar estes produtores rurais sobre esta diferenciada forma de cultivo agrícola. A mobilização dos agricultores é parte fundamental desta busca.
Os agricultores familiares do Campestre, povoado localizado no distrito de Humildes e tradicional produtor de hortaliças, mais os da Associação dos Pequenos Agricultores das Margens do Rio Jacuípe, da comunidade da Boa Vista, distrito Governador João Durval Carneiro, estão participando do projeto.
Agregar valor ao produto
Além da prática de uma agricultura mais saudável, diz o diretor do SIM, Johannes Leandro, a nova maneira de produzir agrega valor ao que será levado ao mercado, aumentando, assim, a renda destas famílias. “E o selo municipal dará certificação de origem ao que for vendido”.
O diretor afirma que a certificação SIM, que atende a legislação localmente, será o primeiro passo para que a produção seja levada para outras regiões, com a criação de uma Organização de Controle Social (OCS), regulamentada e da segurança para o consumidor sobre a origem do produto.
O segundo passo é a integralização a uma Organização de Participativa de Controle (OPAC), que tem o selo de orgânico. “A partir daí, a produção pode ser vendida em supermercados, por exemplo”, diz o diretor. O agrônomo que está orientando os agricultores é Mário Silva, especialista neste tipo de agricultura.