Nesta segunda-feira (13), um mutirão de limpeza foi realizado na Rua Marechal Deodoro, em Feira de Santana. Além da limpeza, a ação contemplou também a instalação de lixeiras. A atividade foi organizada pelo movimento ‘A Feira da Marechal é Patrimônio’.
O movimento, composto por feirantes do local, apoiadores, em parceria com outros movimentos sociais feirenses, concorreu, em 2022, a um edital lançado pela ONG Fundo Brasil, sendo contemplado por meio de um projeto apresentado focado nas feiras livres.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a feirante Edneide Ribeiro destacou que as parcerias fortalecem as feiras da Marechal.
“A gente se inscreveu em um edital chamado ‘Resisitindo com quem resiste’ da ONG Fundo Brasil, uma organização não governamental de direitos humanos e que dá apoio a essas lutas. A gente se inscreveu e nosso projeto foi contemplado”, contou.
A compra das lixeiras foi viabilizada com os recursos do edital, que tem como o objetivo de apoiar grupos, coletivos e organizações da sociedade civil que atuam no enfrentamento a violações de direitos humanos.
“Os recursos chegaram em parceria com o Movimento de Organização Comunitária (MOC) e em termo de dinheiro foram R$20 mil. E vamos buscar outras parceiras para fortalecer nossa feira, porque é importante para mantermos uma feira limpa e organizada. Aqui não tinha lixeiras, o pessoal jogava o lixo no meio da rua. E a prefeitura nunca implantou lixeiras na Marechal”, frisou.
Promoção de direitos
No dia 1º março, Edneide vai a São Paulo participar de um encontro promovido pela ONG Fundo Brasil. O encontro reunirá vários movimentos que são apoiados pela ONG no país.
“Eu vou representar as feiras livres de Feira de Santana em São Paulo”, revelou.
A feirante disse ao Acorda Cidade que após o trabalho de revitalização da Marechal Deodoro, em 2022, a Prefeitura de Feira de Santana não definiu as próximas mudanças.
“Ainda não tivemos retorno nenhum da Prefeitura, mas vamos fazendo a nossa parte para permancermos aqui na Marechal”, ressaltou.
O comerciante de verduras, há 30 anos, na rua Marechal Deodoro, Edilson Silva disse ao Acorda Cidade que a instalação de lixeiras é importante.
“É um dever da prefeitura, mas como a prefeitura não toma providência nenhuma sobre os feirantes, aí conseguimos essas lixeiras. A gente não tinha um lugar apropriado para colocar o lixo e a partir de hoje temos”.
Ao Acorda Cidade, Edilson relatou que a prefeitura queria colocar os feirantes em um local onde não possui fluxo de pessoas.
“A prefeitura queria colocar a gente em um local onde não tem comércio, e não vende nada. Aqui no centro da cidade, onde estamos, não vendemos quase nada, imagine no lugar que a Prefeitura queria colocar a gente… Não tem condições, não existe isso”, concluiu o comerciante.
A ação buscou promover a conscientização de trabalhadores e clientes sobre a importância de manter limpo o espaço da feira.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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