Um evento para capacitar profissionais de saúde que atuam nas unidades de saúde do município de Feira de Santana foi realizado nesta terça-feira (3) no auditório do colégio Joselito Amorim, com palestra da médica infecto-pediatra Normeide Pedreira. O objetivo do evento foi orientar a rede sobre o atendimento à população em casos suspeitos de coqueluche.
De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Tâmara Oliveira de Souza, em Feira de Santana há dois casos confirmados da doença, mas ela acredita que o número de pessoas infectadas no município pode ser bem maior.
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“A gente quer sensibilizar toda a rede para que a gente possa perceber de forma mais rápida a doença em si. No momento estamos com dois casos confirmados por via laboratorial, um por sorologia e outro por swab nasal e laboratorial também, mas provavelmente estamos com muito mais casos que ainda estão subnotificados”, afirmou.
A enfermeira informou que a coqueluche é uma doença altamente contagiosa e que ataca toda a parte respiratória. O principal sintoma é a tosse e os bebês fazem parte do grupo de risco para o agravamento da doença.
“A característica principal da doença é a tosse, que pode vir de formas diferentes em determinadas idades. Abaixo de seis meses o bebê de idade apresenta uma gravidade e pode evoluir para o óbito. É uma doença imunoprevenível, que a gente pode prevenir através da vacinação, mas infelizmente ainda não estamos com a meta da vacina atingida. As pessoas se contaminam, levam a doença principalmente para as crianças, que é o público de maior vulnerabilidade em relação a gravidade da doença”.
De acordo com Tâmara Oliveira, a vacina é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em toda rede básica, para crianças de dois, quatro e seis meses, através da vacina pentavalente, com dois reforços. Mulheres gestantes, a partir da 20ª semana de gestação e até 20 dias antes do parto, também têm direito a vacina. Caso não consiga se vacinar durante a gestação, ela pode se vacinar depois, até 45 dias pós-parto, conforme explicou a enfermeira.
“A coqueluche é uma doença que há algum tempo não se fala muito, por não ter casos positivos. Mas ela está voltando agora no Brasil, por isso que estamos com essa preocupação de alertar a todos sobre os cuidados e os sintomas”, informou.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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