Rachel Pinto
Os professores da rede municipal de ensino que reivindicam contra o corte de salários e os camelôs que se opõem a serem transferidos para o Shopping Popular realizaram na manhã desta terça-feira (15), uma manifestação unificada no centro da cidade para reclamar das medidas e do tratamento do poder público municipal.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Os professores alegam que desde abril estão com os salários cortados e tentando acordo com o prefeito, mas não têm sucesso e os camelôs dizem que estão sendo obrigados para mudarem para o centro comercial popular e que não têm condições de pagar as mensalidades dos boxes.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), a professora Marlede Oliveira, relatou ao Acorda Cidade que a manifestação unificada teve como objetivo chamar atenção da sociedade sobre os abusos do prefeito Colbert Martins da Silva e mostrar que a cidade é composta por professores, camelôs e trabalhadores em geral que não são respeitados pela prefeitura.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Essa manifestação é muito positiva. Ontem tivemos essa ideia de chamar os camelôs que estão sendo perseguidos pelo poder público municipal, assim como nós professores. Porque o que Colbert está fazendo aqui é uma perseguição aos professores quando cortou o salário em até 70% e agora com os camelôs porque entregou o Centro de Abastecimento ao capital privado e aos grandes empresários. Quem sofre é a população e nesse sentido, para a gente o mais importante, e o que nós vimos hoje é a unidade da classe trabalhadora. Quando a gente se une pode vencer aqueles que estão aí para perseguir e destruir os que constroem essa cidade. Porque não é o prefeito que constroí essa cidade não, essa cidade é construída no dia a dia por aqueles que são camelôs, professores, motoristas. Enfim, essa cidade é construída pela classe trabalhadora. Não tivemos reajuste, não tivemos enquadramento e o que tivemos foi corte de salários e Colbert desde abril que cortou os salários. Ontem passamos o dia ocupando a Secretaria de Educação para o secretário atual, dizer que agora não tem mais acordo e não tem mais nenhum documento que eles tinham proposto para a gente de devolver o salário. Que vai esperar a justiça. A categoria está passando necessidade”, afirmou.
Marlede informou que na próxima terça-feira (22) haverá outra manifestação unificada e a ideia é que seja feita uma agenda de manifestações todas as terças-feiras.
Devido a manifestação e as obras do Novo Centro, o trânsito ficou congestionado.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.